Caso Marielle Franco: veja quem já foi preso e o que ainda falta esclarecer

Marielle foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro, por volta das 21h30 do dia 14 de março de 2018.

Marielle Franco | FOTO: Reprodução/Carta Capital
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Nesta quinta-feira (14), passaram-se 6 anos desde o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes, contudo, ainda não há respostas sobre quem ordenou o crime nem qual a motivação. Quatro suspeitos estão presos, sendo que o último deles foi detido no final de fevereiro: Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como "Orelha", apontado como responsável por desmanchar o veículo utilizado no dia 14 de março de 2018.

COMO OCORREU O CRIME: Marielle foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro, por volta das 21h30. Além da vereadora, o motorista do veículo também foi baleado e morreu. Outra passageira, a assessora, foi atingida por estilhaços. 

ENVOLVIDOS

  • Ronnie Lessa

Preso em março de 2019. Segundo a delação de Élcio de Queiroz, é acusado de ter feito os disparos. Lessa trabalhou na Polícia Civil e na Polícia Militar, expulso posteriormente, e, em 2021, foi condenado a 4 anos e meio de prisão por esconder as armas do crime, pena que depois foi aumentada para 5 anos.

  • Élcio de Queiroz

Ex-sargento da Polícia Militar, expulso da corporação em 2015. Após 4 anos preso, ele fez uma delação premiada e admitiu que dirigia o carro que perseguiu o veículo onde estavam a vereadora e seu motorista. Élcio foi preso no mesmo dia que Lessa. No depoimento, apontou a participação de mais uma pessoa, Maxwell Simões Corrêa, o Suel.

  • Suel

Ex-sargento do Corpo de Bombeiros, é acusado de ter cedido um carro para a quadrilha, esconder as armas e auxiliar no descarte delas. Segundo a deleção de Queiroz, ele também participou de uma tentativa frustrada de matar a vereadora em 2017.  Lessa, Queiroz e Suel já são considerados réus pelo crime pelos homicídios de Marielle e Anderson.

  • Orelha

Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, é apontado como dono do ferro-velho que desmanchou o Cobalt prata, usado no assassinato. Segundo a denúncia Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o veículo foi levado até ele no dia 16 de março de 2018. 

Ronnie Lessa, Élcio de Queiroz e Maxwell Simões Corrêa, o Suel | FOTO: Reprodução

PRESOS E SOLTOS

Além de Lessa, Queiroz, Suel e Edilson, outras 4 pessoas também foram presas em desdobramentos do caso, mas acabaram soltas. Em 2019, alvos da Operação Submersus, Elaine de Figueiredo Lessa (mulher de Ronnie) e Bruno Figueiredo (cunhado de Ronnie, irmão de Elaine) foram presos preventivamente.

  • Elaine: Apontada como suspeita de comandar as ações para sumir com as armas do marido e apagar vestígios da quadrilha, enquanto seu irmão teria ajudado na empreitada.
  • José Márcio Mantovano, o Márcio Gordo: Preso após ser flagrado retirando uma caixa — supostamente com armas — de um apartamento de Ronnie Lessa no bairro do Pechincha, na Zona Oeste.
  • Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca: Teria sido o destinatário das supostas armas recolhidas por Márcio Gordo. Djaca teria ainda alugado um barco para se livrar do armamento em alto-mar na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste. A arma do crime nunca foi encontrada.

Carro em que Marielle Franco estava quando foi baleada | FOTO: Reprodução

INVESTIGAÇÃO

A investigação dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, inicialmente conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital, foi transferida para a Polícia Federal em fevereiro de 2023 por autorização do então ministro da Justiça, Flávio Dino.

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