Um médico escapou da morte após um tiro atingir o celular que ele carregava no bolso da camisa, nesta quarta-feira (18), no Centro do Rio de Janeiro. Ele é uma das três vítimas baleadas após uma discussão em um ônibus. "Ele só não foi a óbito porque um dos tiros, que iria em direção ao coração, pegou no celular, desviando a trajetória da bala", afirmou o delegado da 1ª DP (Praça Mauá) José Afonso Mota, responsável pelas investigações do caso.
Ainda de acordo com o delegado, o acusado de ser autor dos disparos, José Araújo Gouveia, vai responder por três tentativas de homicídio, sendo duas por erro de execução. Se for condenado, o acusado pode pegar de 12 anos a 20 anos de prisão.
Segundo o delegado, o suspeito tem três passagens pela polícia: maus-tratos, furto qualificado e homicídio culposo.
Policiais do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur), que passavam pela região da Praça XV nesta manhã, foram acionados durante o corre-corre. Segundo o comandante do BPTur, coronel Cândido Silva, a confusão teria começado após o motorista ter cantado a namorada do passageiro no ônibus. Houve discussão e o passageiro teria atirado.
O delegado informou que o acusado disse que desceu normalmente do ônibus na Praça XV e o motorista teria ido atrás dele para tirar satisfação. Eles começaram a discutir e o acusado sacou a arma, acertando dois pedestres e o motorista do ônibus.