A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, determinou o afastamento da inspetora da Polícia Civil, identificada como Priscila Duarte da Silva, suspeita de matar a tiro o namorado, João Luiz Sá Freire de Azevedo, na manhã deste domingo (2). Segundo informação divulgada pela assessoria da Polícia Civil, a corregedoria da corporação vai apurar se houve falha na conduta da inspetora.
Martha Rocha determinou ainda que delegado titular da 56ª DP (Comendador Soares) remeta a cópia de todo procedimento para instauração de sindicância disciplinar pela Corregedoria de Polícia Civil. A agente sairá da 56ª DP, onde trabalhava como oficial de cartório e ficará lotada no Setor de Pessoal em Situação Diversa (SPSD).
Como aconteceu
O crime ocorreu dentro do apartamento dela, localizado na Rua Ministro Lafaiete de Andrade, no bairro Alvorada, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em depoimento à PM, a inspetora afirmou que o namorado estava muito exaltado e durante uma briga, tentou estrangular um amigo dela, identificado Vitor Santiago de Almeida, que também é um policial civil.
De acordo com o delegado de plantão da 56ª DP, Leonardo Borges, Priscila tinha ido a uma festa com o namorado e alguns amigos. No evento, ela o namorado, que é lutador de artes marciais e advogado, se desentenderam e voltaram separados para a casa dela. O casal estava junto há um mês.
"Quando a policial chegou ao prédio, o porteiro disse que o namorado estava no apartamento dela. Então, ela ligou para um amigo [Vitor] e uma amiga que foram até o condomínio e subiram até o apartamento dela. Foi quando começou a briga", explicou o delegado.
Em depoimento à Polícia Civil, a inspetora afirmou que o namorado e o amigo entraram em luta corporal e ela atirou para tentar conter a confusão. Ainda segundo ela, o tiro era para atingir a perna, mas acabou atingindo a lombar da vítima, que morreu no local.
A arma da policial foi apreendida e ela irá responder por homicídio doloso - quando há intenção de matar. No entanto, a inspetora irá responder em liberdade, porque, segundo o delegado, ela se apresentou à delegacia espontaneamente.