O Rio Grande do Sul está em situação de calamidade pública em razão das fortes chuvas que atingem o estado desde a semana passada. Mesmo diante da tragédia, os moradores ainda são vítimas da ação de criminosos. Nos últimos dias, indivíduos têm invadido mercados, lojas e farmácias e levado os produtos das prateleiras. Mais de 80 pessoas perderam suas vidas e há mais de 100 desaparecidos.
VIOLÊNCIA: Na cidade de Arroio do Meio, um homem foi morto após ser atingido por um espeto usado em churrasqueiras. O prefeito Danilo Bruxel (PP), disse ter avisado a Força Tática da Brigada Militar para reforçar a segurança no município. Em Lajedo, outra pessoa foi baleada e levada para um hospital.
Em Porto Alegre, diversos comércios também foram invadidos. Uma loja de produtos do Grêmio, localizada na arena do clube, foi saqueada no sábado (4). Em Canoas, homens armados em barco e jet skis têm roubado as casas abandonadas. Além disso, golpistas aproveitam a situação e desviam doações enviadas aos gaúchos. O governador Eduardo Leite (PSDB) lamentou e disse que "no meio de tanta solidariedade, tem aproveitadores que usam da sensibilidade das pessoas".
TRAGÉDIA: O número de mortos em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 83, de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil na tarde desta segunda-feira (6). São investigadas outras 4 mortes. Além disso, há 111 desaparecidos e 291 pessoas feridas.
Conforme o levantamento da Defesa Civil, são 149,3 mil pessoas fora de casa, sendo 20 mil em abrigos e 129,2 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 364 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 873 mil pessoas.