Os responsáveis pelo circo receberam licença para se instalarem em frente ao Mercado do Produtor, que está desativado. Mas parte das instalações usadas são inadequadas e falta higiene para as crianças. Em uma foto, o proprietário do circo aparece com um dos macacos apreendidos pela polícia.
O circo foi Instalado às margens da BR-343, no povoado Baixa Grande, no município de Monsenhor Gil, ainda na sexta-feira da Paixão de Cristo. São 26 pessoas, incluindo seis crianças. As que estão na faixa etária de 8 a 14 anos participam do espetáculo através de uma dança considerada erótica. Fotos mostradas ao repórter Pedro Borges mostra que as meninas tem contato com o público, especialmente o masculino.
Outra alegação do Conselho Tutelar é o vestuário delas. Algumas das meninas vestem shorts muito curtos. Para piorar elas não estão indo para a escola. ?O que a comunidade está achando é que as crianças estão irregular por conta de não estarem estudando. O que eu acho é que as crianças deveriam ser inseridas em um colégio aqui e estudarem no período que estivessem na cidade?, alega um dos moradores que não concorda com o fato das meninas apresentarem essa dança tão erótica.
A equipe de reportagem da Rede Meio Norte ouviu a mãe e a avó das meninas. ?Nós já temos trabalhado em várias cidades e nunca aconteceu isso. Eles falam como se aqui fosse uma casa de prostituição e não tem nada disso. Quando as meninas participaram não tinha a intenção de expô-las. Deus me defenda de botar as minhas filhas e as minhas netas para fazer alguma coisa de errado. Elas participam do show porque nasceram e se criaram aqui dentro do circo , toda vida trabalhando e nunca aconteceu isso?, pontua a avó das crianças do circo.
?Aqui não é uma casa de prostituição, pra quem conhece, pra quem sabe bem, o circo é uma área de lazer, é cultura, é criança que nunca envelhece. Não é casa de prostituição como foram apresentar na televisão. Eu não cheguei a ver, mas várias pessoas vieram me falar. Eu jamais vou pegar a minha filha para se prostituir, eu tenho esse cuidado, jamais deixaria isso acontecer. Minhas filhas se apresentavam, porque hoje não se apresentam mais. Aqui é o nosso trabalho e a nossa casa, é de onde a gente vive?, esclarece a mãe.
O Conselho Tutelar, acompanhado da Polícia Militar, esteve no local, nesta segunda-feira. ?O conselho vai pegar a questão da idade de todas essas crianças, ver como está o registro de nascimento, como está a escolaridade dessas crianças porque foi informado que elas não estão frequentando a escola. Viemos saber em qual programa social elas podem ser incluídas. Vamos averiguar e tomar todas as informações para tomar providências. Vamos esperar o parecer do Ministério Público porque o caso já foi encaminhado para ser investigado?, destaca o conselheiro tutelar.