Uma van escolar bateu na traseira de um reboque da Coordenadoria de Vias Especiais da prefeitura do Rio de Janeiro, no início da tarde desta quarta-feira, na Linha Vermelha, sentido Baixada Fluminense. Quatro estudantes morreram, de acordo com a Gerência de Vias Especiais. Seis crianças e o motorista ficaram feridos.
Morreram no acidente Raiane da Silva Souza, 14 anos, Vinícius Lopes da Silva, 11 anos, Esther Reis Fernandes da Rocha, 8 anos, e André Lucas Couto Teles, 7 anos. Ficaram feridos Gabriele Moraes Santos Silva, 10 anos, Pedro Henrique Santos Silva, 10 anos, Taissa Cristine Siqueira Lima, 9 anos, Mateus Couto Teles, 8 anos, e Maria Clara Soares Oliveira, 7 anos.
Uma das crianças ficou em estado grave, com múltiplas fraturas, e teve de ser socorrida pelo helicóptero do Corpo de Bombeiros, que pousou na pista para fazer o resgate, para o hospital Miguel Couto, no Leblon. A jovem não teve o nome divulgado. Os outros cinco estudantes e o motorista foram levados ao hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense. O condutor, identificado como Carlos Alberto, foi liberado.
Devido à operação de resgate, o congestionamento na via expressa da Linha Vermelha, que liga o centro da cidade à Baixada Fluminense, era de aproximadamente 12 km e chegava ao centro da capital às 17h10. No outro sentido, há retenções causadas por curiosos que param para observar a movimentação. No mesmo horário, os corpos continuavam na via para que fosse feita a perícia. A via, contudo, no mesmo horário, já havia estava liberada.
O colégio Pedro II decretou luto e hasteou bandeira a meio pau. A instituição enviou uma equipe composta por assistentes sociais para auxiliar as famílias dos estudantes.
Van irregular
Segundo o major José Mauro de Farias, diretor da gerência de vias especiais da prefeitura do Rio, a van estava irregular. O veículo, que transportava alunos do colégio Pedro II, unidade São Cristovão, teria sido fechado pela esquerda e colidiu contra um reboque que atendia outra van no local.
Segundo a delegada Leila Goulart, da 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador), o caso será registrado como homicídio culposo. Se for comprovado que a van era irregular, o motorista deverá ser indiciado ainda por exercício ilegal da profissão. Leila afirmou que pretende colher o depoimento dos motoristas da van e do reboque ainda hoje.
O major orientou os motoristas que saem do centro a evitar os acessos da Linha Vermelha no sentido Baixada.