Lucas Padula

Acompanhe as notícias mais relevantes e principais acontecimentos de São Paulo

Lista de Colunas

CONDENADO!: Laerte Codonho, dono da Dolly, pode ser preso a qualquer momento

O empresário foi condenado por desmatamento ilegal e corrupção ativa em uma construção de um empreendimento na Grande SP

Foto: Divulgação/Dolly do Brasil

Mais uma polêmica envolvendo o empresário e dono da fábrica de refrigerantes Dolly, Laerte Codonho, pode resultar em prisão. Isso porque, o empresário foi condenado por corrupção ativa, desmatamento ambiental e falsificação de documentos e em decisão do juiz Djalma Moreira Gomes Júnior, da Comarca de Itapecerica da Serra, foi estipulado uma pena de 11 anos, quatro meses e um dia de reclusão; além de quatro anos e dez meses de detenção com pagamento de R$ 570 mil em multas. 

Além do empresário, outras sete pessoas também foram condenadas em primeira instância. Apesar da decisão, a sentença ainda cabe recurso. O juiz rejeitou o pedido da defesa do empresário para substituir a prisão por medidas alternativas, como a tornozeleira eletrônica e determinou o pagamento de multa, como já foi divulgado. 

COMO COMEÇOU A DENÚNCIA?

A denúncia feita pelo Ministério Público contra o empresário foi recebida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em abril de 2019. O caso envolve supostos danos ambientais causados pela empresa “Stockbanck”, num terreno com mais de cinco hectares que fica na Rodovia Régis Bitencourt, em São Lourenço da Serra, região da Grande SP, entre os anos de 2014 e 2016. Segundo o processo, o local é área de preservação permanente e que necessitava de autorização de um órgão ambiental responsável para fazer qualquer modificação. A compra teria sido feita para a exploração de água mineral

Área do terreno em investigação. Foto: Reprodução/TV Globo

O processo também afirma que o dono da Dolly, teria oferecido subornos a servidores públicos para evitar punições pelo desmatamento da área. Além disso, os oito envolvidos, teriam sido avisados com antecedência sobre uma operação policial na região e teriam sido orientados a parar o desmatamento de forma temporária. Em sua sentença, o juiz afirmou que Codonho era o líder do esquema criminoso e que seus subordinados seguiam suas ordens. 

“Diante da sua condição de ‘cabeça’ do esquema, sua culpabilidade é mais exacerbada que a dos demais acusados, pois detinha o controle final dos atos e poderia, com um simples comando, cessar todas as condutas criminosas”, escreveu o magistrado.

O QUE DIZ O EMPRESÁRIO?

Laerte Codonho deu uma entrevista ao canal de notícias “CNN Brasil” e disse que vai recorrer da decisão da 4ª Vara de Itapecerica da Serra. 

“Nós compramos um terreno em São Lourenço da Serra entre os anos de 2013/2014, e na escritura fala que está autorizado a implantar uma indústria de água mineral e autorizada a fazer um galpão. Nada foi feito irregularmente. Quando se comprou o imóvel já existia a autorização da CETESB (órgão ambiental de fiscalização do Estado de São Paulo), para implantar a indústria de água mineral”, disse Codonho. 

Sobre a condenação por crime ambiental, o empresário afirmou ser um “absurdo” e que irá provar que não cometeu tal crime. 

“Nós vamos fazer todos os esforços possíveis para mostrar a verdade e mostrar esse absurdo. Nós temos uma decisão da própria comarca e da juíza falando para a gente agilizar a obra e eu tenho uma condenação por crime ambiental. Eu tenho Juiz que pede exame grafotécnico (exame para reconhecer autenticidade de documentos e assinaturas), que fica claro que a assinatura não é minha e sou condenado por falsidade ideológica e “falsidade documental” e um celular que foi periciado pelo Ministério Público que não existia nenhuma dessas mensagens”, completa Laerte. 

O titular desta coluna tentou contato com os advogados do empresário, mas até o fechamento desta matéria, não tivemos resposta. O espaço segue em aberto.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES