O depoimento do vice prefeito de São Julião, Francimar Pereira, teve início às 8h da manhã. O acusado de ser o autor intelectual do assassinato do ex-vereador Emídio Reis - crime que aconteceu no final de janeiro de 2013. O vice prefeito deu depoimento no prédio do Grupo de Combate e Repressão ao Crime Organizado - GRECO - acompanhado de dois advogados e a imprensa não pode registrar.
Entretanto, segundo informações da própria polícia a intenção é confrontar as informações prestadas no primeiro depoimento de Francimar Alves com as informações dadas por Joaquim Pereira, acusado de pagar 15 mil reais em dois cheques ao pistoleiro que foi contratado para realizar a execução de Emídio Reis. Os cheques, segundo o GRECO que teriam sido dados à Joaquim pelo ex prefeito.
Era um pouco mais de 11h da manhã quando o depoimento de Francimar foi encerrado e ele saiu do prédio acompanhado de muitos policiais em volta, até um helicóptero da Polícia Militar acompanhou o trajeto de Francimar Alves até o GTAP, local onde o acusado se encontra detido.
O irmão do acusado, Erismar Pereira, falou com a imprensa e diz que confirma a inocência do irmão. ?Meu irmão é inocente. É o contrário, nós fazemos é ajudar as pessoas e agora estamos sendo prejudicados. Eu, Erismar, gero mais de mil empregos naquela região do Piauí?, desabafa.
Os delegados do GRECO não quiseram se pronunciar para a imprensa e coube aos advogados de defesa de Francimar Alves fazerem uma declaração e continuam falando em injustiça.
?Eles tinham era um ciclo de amizade e o Francimar sempre foi amigo do Emídio. O Emídio foi aliado político dele até maio. Ele disse aqui no seu depoimento e foi confirmado, lá tem testemunhas disso que na época de compor a chapa o Francimar não queria participar e chegaram até a convidar o Emídio, oferecer a vaga de vice à ele. O Emídio foi que não aceitou, só queria se fosse de prefeito. Eles tinham era um ciclo de amizade, costumavam sair juntos e o Emídio costumava dormir na casa do Francimar e isso está no depoimento dele?, esclarece o advogado de defesa de Francimar que declarou ainda que o tema roda e volta para o lado político.
?Alguém deve ter um interesse político de tentar afastar o Francimar da Prefeitura e tentar uma eleição suplementar, coisas desse tipo. Mas eu lhes garanto, com toda convicção que o Francimar não é o mandante, não é o executor e nós vamos provar isso durante a execução processual?, finaliza.