A família da estudante Aurielly Costa Oliveira Borges, de 14 anos, está preocupada com desaparecimento da menina, em Itumbiara, no sul goiano. Desde sexta-feira (11), os parentes não têm informações sobre a adolescente. Mesmo assim, eles não conseguem registrar o boletim de ocorrência devido à greve dos agentes e escrivães da Polícia Civil. Com isso, eles fazem, sozinhos, buscas pela jovem.
A estudante foi vista pela última vez na casa da avó, onde mora. De acordo com uma prima dela, Thiene Borges, um amigo de Aurielly contou à família que ela teria fugido para Pirenópolis (GO). No entanto, os parentes fizeram buscas na cidade e não encontraram a adolescente.
A mãe de Aurielly, Eleandra Cristina Costa , não sabe mais onde procurar e a quem recorrer. ?Se a polícia está atendendo somente a casos urgentes e a caso de latrocínio, o que me garante que minha filha não está passando por um problema desse? Nada me garante?, ressalta.
Greve
Os policiais civis estão em greve desde 17 de setembro. Neste período, mais de 30 mil ocorrências deixaram de ser registradas nas delegacias do estado, segundo um levantamento do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol). O principal impasse na negociação entre a categoria e o governo é a reivindicação de aumento do piso salarial, que passaria de R$ 3.062 para R$ 7.250. Durante a paralisação, apenas flagrantes e crimes hediondos são registrados nas delegacias.