O comandante do 3º BPM (Méier), coronel Luiz Gustavo Teixeira, morreu em um arrastão na manhã desta quinta-feira. O carro dele teria sido atingido por pelo menos 17 disparos Segundo a polícia, todos de pistola.
Ele chegou a ser levado ao Hospital Municipal Salgado Filho, na Zona Norte do Rio, e passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, um dos disparos atingiu o peito do coronel, lesionando a aorta. A traqueia e o pulmão esquerdo do oficial também foram atingidos.
De acordo com a Polícia Militar, o coronel Luiz Gustavo e o cabo da PM que dirigia o Gol branco, Nei Filho, estavam na Rua Hermengarda, no Méier, quando os carros foram parados por criminosos armados em um veículo preto. O comandante vinha de um evento no 23º BPM (Leblon) para uma operação em um carro oficial, mas sem identificação. Os bandidos notaram o coronel e o cabo disparou.
Os criminosos revidaram e o oficial foi alvejado.O cabo foi atingido na perna e permaneceu atirando. Ao fim de sua munição, se abrigou e os bandidos fugiram do local. Ele também foi levado para o Hospital Salgado Filho.
Segundo a Secretaria municipal de Saúde, o quadro dele é considerado estável. O cabo Nei Filho foi transferido para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio. Ainda segundo Polícia Militar, o carro usado pelos bandidos foi abandonado no local.Após os disparos contra o veículo onde estava o coronel e o PM, os criminosos fugiram em uma moto, na Rua Lins de Vasconcelos, em direção ao Complexo do Lins.
Após o ataque ao comandante, moradores registraram um tiroteio no Complexo do Lins, comunidade próxima da onde aconteceu a ação. Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins, policiais se depararam com homens armados durante patrulhamento na Comunidade do Amor, na tarde desta quinta-feira. Ainda de acordo com o comando da UPP, houve confronto e ainda não há informações sobre feridos.O porta-voz da Polícia Militar, Major Ivan Blaz lamentou a morte do coronel e a violência no Rio de Janeiro.
— Estamos nas ruas, somos vitimas de uma violência que atinge todos os cidadãos. Perdemos nossas bens e também nossas vidas. O Coronel Teixeira morreu lutando. A polícia está nas ruas para garantir a segurança, mesmo que isso custe nossas vidas. O coronel estava numa viatura administrativa, como a que eu ando. Isso é uma ação que ainda está sendo elucidada — explicou.
O sonho do coronel Luiz Gustavo Teixeira, de 48 anos, era comandar o 3º BPM (Méier). Morador da região, ele comandava o batalhão há um ano e meio. O oficial era querido na corporação, onde estava há 26 anos. Ele deixa esposa e dois filhos.