Jhonatan de Sousa Silva e Marcos Bruno Silva de Oliveira começaram a ser julgados na manhã desta segunda-feira (3/2), pelo assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido no dia 23 de abril de 2012, em um bar da Avenida Litorânea.
Os dois acusados estão sendo julgados no Fórum Desembargador Sarney Costa, no calhau. Jhonatan de Sousa Silva é acusado de ser o executor do jornalista. Já Marcos Bruno Silva de Oliveira, é apontado como a pessoa que conduziu a moto que levou e deu fuga para o assassino.
O julgamento, iniciado na manhã desta segunda-feira (3/2), deve durar até quarta-feira (5/2), no auditório do Tribunal do Júri. Eles e os demais 11 acusados de envolvimento no assassinato responderão por homicídio e formação de quadrilha.
[SAIBAMAIS]Além dos dois que serão julgados esta semana, também irão a Júri popular José Raimundo Sales Chaves Júnior, o ?Júnior Bolinha?, Gláucio Alencar Pontes Carvalho e o pai José de Alencar Miranda Carvalho. Elker Farias Veloso, Fábio Aurélio do Lago e Silva (o Bochecha), Fábio Aurélio Saraiva Silva (Fábio Capita), Alcides Nunes da Silva, Joel Durans Medeiros e Shirliano Graciano de Oliveira. Este último está foragido.
Serão cinco testemunhas de acusação e oito de defesa. Jhonathan está preso no presídio federal do Mato Grosso do Sul e vem a São Luís para participar do julgamento.
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Morte de Décio
O caso chocou a sociedade maranhense com grande repercussão pela influência do jornalista Décio Sá no meio político. O jornalista foi assassinado com seis tiros de pistola ponto 40,vários tiros no dia 23 de abril de 2012. Após sair do expediente no jornal O Estado do Maranhão, Décio foi ao Bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, onde Jhonathan de Sousa Silva o encontrou e disparou contra ele a sangue e sem sequer cobrir o rosto. Ele se evadiu do local em uma moto com a ajuda de Marcos Bruno Silva de Oliveira, conhecido por ?Amaral?.
Os principais acusados de serem os mandantes do crime são o empresário Glauco Alencar e o pai dele José de Alencar Miranda. "A quadrilha enxergou Décio Sá como uma ameaça, pois sabia que o jornalista podia ter mais informações que a incriminasse", afirmou à época o secretário de Segurança Pública (SSP), Aluísio Mendes.
A motivação do crime seria o medo de denúncias que Décio poderia fazer aos criminosos. As investigações apontaram que os envolvidos faziam parte de uma quadrilha de agiotas. A investigação da morte do jornalista também desencadeou a investigação do sistema de agiotagem no Maranhão, onde grande quantidade de dinheiro é utilizado para financiar campanhas de candidatos a prefeito com o retorno em dinheiro público após a vitória.