A avenida principal Noé Mendes, que divide os bairros Dirceu e Renascença, na zona sudeste de Teresina, tornou-se o cenário de assaltantes e arrombadores. Os empresários e comerciantes são vítimas de bandidos toda semana, que chegam armados e anunciam assaltos com requintes de violência.
As consequências chegam aos extremos e muitos comércios estão fechados, a grande maioria montam grades para intimidá-los. No entanto a ousadia é cada vez mais assustadora. Uma realidade preocupante para quem trabalha no universo do empreendedorismo.
Os bandidos provocam danos materiais e psicológicos, a exemplo da comerciante Elza Macêdo, do bairro Renascença, que tenta manter o comércio aberto há 12 anos e que, em apenas quatro anos, já foi assaltada 21 vezes. Apesar da dificuldade, ela continua com a venda de frangos e ovos.
A comerciante relata o drama vivido e afirma que, por pouco, não foi assaltada pela 22ª vez. A minha vida tem se tornado um pânico. Eu vivo assustada, é um trauma total. Eles não deixam mais a gente em paz. Hoje sou dependente de medicamentos para dormir. No último assalto, botaram arma em mim e nos 15 clientes, fazendo com que todos se deitasse no chão.?
O pensamento da empreendedora, na maioria das vezes, tem sido desistir do comércio. ?Por mim, eu já teria fechado o comércio. A gente já acorda com medo de ser assaltada. Toda manhã eu entrego nas mãos de Deus, pedindo a ele que nos guarde. A última vez, na terça-feira de carnaval, eram dois menores um estava de capacete e o outro estava esperando lá fora. Eu acho que se diminuísse a maioridade penal iria melhorar muito, pois a maioria dos bandidos é de menores.?
VEJA A REPORTAGEM