Recentemente ocorreram alguns casos de violência envolvendo trabalhadores do setor comerciário de Teresina. A insegurança, ao sair e ao chegar aos locais de trabalho, é uma problemática que atinge todas as zonas da capital piauiense. Por isso, essa categoria que sente-se cada dia mais temerosa com os constantes assaltos exige reforços na segurança.
De acordo com a Secretária de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço (Contracs) e do membro do Sindicato dos Empregados no Comércio e Serviço de Teresina (Sindcom), Maria do Rosário Assunção, os trabalhadores estão visivelmente traumatizados com os assaltos constantes.
Ela aponta que a insegurança se estende das periferias até as áreas mais nobres. "Os assaltos acontecem com os trabalhadores nas lojas e também quando eles estão saindo ou entrando no trabalho. Eles acontecem diariamente, e não é só na região do centro, não", frisa.
Rosário afirma ainda que isso vem causando sérias intervenções na dinâmica do trabalho dessas pessoas, e que por conta disso muitas estão desenvolvendo doenças psicológicas.
"Nós do Sindcom temos uma clínica, com psiquiatra, que oferece serviços de atendimento para a categoria, e o que estamos percebendo é que alguns trabalhadores estão desenvolvendo até Síndrome do Pânico por conta dessa onda de violência nas proximidades dos seus locais de trabalho", revela.
Além disso, o Sindicom teve que desativar o funcionamento de um cursinho de pré-vestibular que vinha sendo oferecido para a classe, já que, devido à insegurança nas ruas do centro da capital, não estavam sendo feitas matrículas suficientes para a abertura de turmas.
Ela destaca que necessário investir em mais segurança pública, o que envolve a ampliação do policiamento ostensivo nas ruas da capital, mais iluminação e transporte, o que proporcionaria à classe se deslocar do seu local de trabalho para casa com mais tranquilidade. "Somente as viaturas circulando não está resolvendo o problema", disse.
Por conta desse problema, a categoria comerciária teresinense solicitou há cerca de duas semanas uma reunião com o comandante de policiamento da Polícia Militar para adotar as devidas intervenções.
"Colocamos o problema para o comandante que está à frente do policiamento e pedimos que fossem tomadas providências porque o problema da violência vem se agravando cada vez mais", conta.