Uma Comissão Processante da Policia Militar do Estado do Ceará realizou uma audiência em Valença do Piauí,na última quarta-feira, dia 15, para apurar a participação do policial militar Rafael do Nascimento Oliveira Rosa, na morte da estudante Suellen Marinheiro Lula, de 22 anos, assassinada com um tiro na cabeça durante uma festa em um clube da cidade no dia 15 de outubro de 2016.
A Comissão, presidida pela tenente-coronel Maria Solange Oliveira da Silva e por mais dois capitães, ouviu quatro pessoas, entre policiais e testemunhas do fato. A audiência ocorreu no quartel da Policia Militar, sede da 2ª Companhia do 4º BPM. Os membros da Comissão devem decidir sobre o envolvimento do militar no episodio e posteriormente decidir se ele terá ou não condições de permanecer nos quadros da Policia Militar cearense.
De acordo com as investigações, o policial militar se negou a pagar R$ 5 para entrar no local da festa e iniciou uma discussão com o irmão da vítima, que é policial militar do Piauí. Suellen estaria tentando amenizar a confusão entre os dois quando foi atingida a tiros, não resistiu e morreu.
O ganhou repercussão na época e nas redes sociais amigos e pessoas próximas da jovem lamentaram o caso. "Será se seu algoz, que porventura era policial, foi munido de ódio - ao ponto de disparar contra a jovem - simplesmente porque não queria gastar míseros R$ 5,00? Ou porque vivemos em uma sociedade onde a "justiça" e as forças armadas tem se tornado cada vez mais soberanas, sendo imputado aos membros que as compõem cada vez mais poder?", questiona.
Rafael foi preso e levado para um presídio de Teresina, e logo depois transferido para o 5º Batalhão da Polícia Militar em Fortaleza-CE, que funciona como Presídio Militar, onde permanece preso.