A Polícia Militar informou que a ocupação de todo o Complexo do Lins e Camarista Méier durou cerca de 50 minutos. A operação de ingresso nas 12 comunidades teve início às 6h e, por volta das 6h50, toda a região já estava sob o domínio da PM e da Marinha, que atuou com a participação de fuzileiros navais em veículos blindados.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança, as comunidades foram recuperadas pelas forças policiais sem nenhum tipo de resistência. As forças de segurança continuam nas comunidades em operações de buscas de criminosos e apreensões de armas, drogas, objetos roubados.
A Polícia Civil, que também participa da operação, retomou o território do Morro do Encontro às 6H25 e permanecerá no local até a manhã de terça-feira, quando homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar passam a ocupar a comunidade.
A ação tem como objetivos a implantação das 35ª e 36ª Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado. Ao todo, 1.110 policiais participam da ocupação das 12 favelas que compõem o complexo. Participam da ação 370 homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope); do Batalhão de Choque (BPChoque); do Batalhão de Ações com Cães (BAC); e policiais da Corregedoria Interna da Polícia Militar.
A Polícia Civil emprega nesta ação 100 homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e delegacias especializadas. A Polícia Rodoviária Federal dá apoio à operação com 120 policiais. Já o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil apoia a ação com 180 militares e 14 veículos blindados. A Polícia Civil emprega ainda 340 agentes e peritos. Apreensões e suspeitos detidos serão encaminhados à 25ª DP (Engenho Novo).
De acordo com o Instituto Pereira Passos (com base no censo do IBGE de 2010), 15.099 pessoas vivem no Complexo do Lins, que compreende as comunidades Cachoeirinha, Cotia, Bacia, Encontro, Amor, Cachoeira Grande, Nossa Senhora da Guia, Dona Francisca/Árvore Seca, Barro Preto, Barro Vermelho, Vila Cabuçu e Santa Terezinha. Além do Camarista Méier, onde há cerca de 4.850 moradores.
A Secretaria de Segurança Pública pede que os moradores de região andem com documentos de identificação nesta manhã. Motoristas e motociclistas terão que mostrar documentos de propriedade de seus veículos, bem como a Carteira Nacional de Habilitação em dia. No caso das motos, também será exigido o uso de capacete. Sete defensores públicos acompanham a operação. Segundo Nilson Bruno, defensor público-geral do Rio, a ação tem como objetivo coibir excessos da polícia.
Ao contrário de outras Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), geralmente abertas um ou dois meses após a ocupação das favelas, no caso do Lins a inauguração deve ser imediata.