Alberto Daudt, advogado de Guilherme Fontes, acredita que o recurso com o qual seu cliente entrou na Justiça para questionar a decisão da juiza Denise Vaccari Machado Paes, da 19ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, que o condenou a 3 anos, 1 mês e 6 dias por sonegação fiscal, deverá mudar a posição do tribunal: "A questão é tributária e não criminal. O Guilherme pagou as notas fiscais em Guararema, São Paulo, onde funcionava a sede da empresa, mas a juíza alega que ele deveria ter pago no Rio", afirmou.
De acordo com a decisão judicial, a pena foi convertida em trabalho comunitário de sete horas semanais, pelo mesmo período, além do pagamento de 12 cestas básicas de R$ 1 mil para instituições sociais. A sentença é de 8 de março, mas só foi publicada um mês depois.
Dia 19 de abril, o ator entrou com o recurso, questionando a decisão. A ação se refere a 1995, quando sua empresa (Guilherme Fontes Filmes Ltda) começou a captar recursos para o filme "Chatô - O Rei do Brasil", em que estrearia como diretor e que até agora não foi concluído. Daudt afirmou que o longa está em fase de edição e será lançado em breve.
Polêmica
Guilherme Fontes ficou nacionalmente conhecido pelo papel do espírito Alexandre na novela A Viagem, de 1994. Mais recentemente, participou do seriado da Rede Globo Tudo Novo de Novo, de 2009. No ano passado, em uma declaração dada ao site Fuxico, o ator disse que seu primeiro filme como diretor, Chatô, o Rei do Brasil deveria estreiar no verão de 2010, o que não ocorreu.
Em 1999, começou o que ficou conhecido como "dossiê Chatô". Guilherme havia captado mais de R$ 7 milhões pela lei do audiovisual para viabilizar o filme, que nunca ficava pronto. Na época, o ator alegou falta de recursos. Em 2008, numa briga judicial, ficou determinado que ele e sua sócia teriam que devolver cerca de R$ 36 milhões aos cofres públicos.