Conheça a mulher acusada de aplicar golpe de R$ 300 mil em 'namorado' idoso

A partir de agora, qualquer transação relacionada ao patrimônio do idoso requer a aprovação de um dos herdeiros, sendo que o Ministério Público também apoiou essa medida.

Família do aposentado prestou queixa um boletim de ocorrência contra Eliene | Montagem/Reprodução/Facebook
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A polícia está na cola de Eliene Aparecida Brito, de 34 anos, que está sob suspeita de apropriar-se indevidamente de aproximadamente R$ 300 mil do seu "namorado", um servidor aposentado da Câmara dos Deputados que tem 84 anos. Ela está sendo investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por um possível caso de estelionato amoroso.

Por sua vez, a família do aposentado prestou queixa um boletim de ocorrência contra Eliene na Decrin, a delegacia da PCDF especializada em crimes contra pessoas idosas, na sexta-feira passada (15). Isso ocorreu após a coluna Grande Angular relatar que a 2ª Vara de Família de Águas Claras havia atendido ao pedido dos três filhos do idoso para interditá-lo, uma vez que ele havia feito transferências que totalizam R$ 190 mil para uma adolescente de 16 anos, que é filha da mulher investigada.

A decisão da Justiça do DF pela interdição do aposentado se deu após os filhos apresentarem um atestado médico psiquiátrico, que indicava que o idoso sofria de transtorno de personalidade paranoide e transtorno neurocognitivo maior ou demência. Uma situação considerada bastante delicada e que merece atenção redobrada por parte dos familiares.

A partir de agora, qualquer transação relacionada ao patrimônio do idoso requer a aprovação de um dos herdeiros, sendo que o Ministério Público também apoiou essa medida. O nome do idoso foi mantido em sigilo devido à sua situação de vulnerabilidade.

Além das transferências de R$ 190 mil para a conta da filha da namorada, o idoso fez três empréstimos bancários para Eliene, que está sendo investigada por estelionato amoroso. Em várias ocasiões, conforme a polícia, ele retirou quantias de aproximadamente R$ 1,5 mil a R$ 2 mil, e todo o dinheiro foi entregue a Eliene. Além disso, foram identificadas transferências via Pix no valor de R$ 90 mil, destinadas a dois homens supostamente conectados à mulher investigada.

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Eliene teria conhecido o idoso em um shopping de Brasília em janeiro de 2023, apresentando-se como cabeleireira. Já no mês posterior, ela começou a receber dinheiro da vítima. Segundo relatos, ela teria recebido R$ 139 mil de uma só vez e, após isso, desapareceu por um mês, retornando posteriormente para receber mais transferências de dinheiro.

A advogada que representa o idoso e seus filhos, Viviane Penha, informou que descobriu as transferências para a filha de Eliene após ser contatada pelo aposentado, que alegou não ter reconhecido algumas das transações em sua conta no mês de junho. Viviane afirmou que, após analisar os extratos, identificou mais de R$ 150 mil em transferências para a filha da suspeita, totalizando um prejuízo estimado em mais de R$ 300 mil para o idoso.

A advogada, que tem representado o idoso por mais de 5 anos, ressaltou que ele sempre foi financeiramente controlado, mas desde o aparecimento da suposta golpista em janeiro de 2023, ele fez empréstimos e sua aposentadoria, que era de R$ 17 mil líquidos, caiu para R$ 10 mil. Ela alertou que é fundamental que a família esteja atenta e fiscalize as contas bancárias dos idosos para evitar golpes desse tipo.

Segundo foi apurado, Eliene é acusada de dois furtos registrados na PCDF, um em 2010 e outro em 2013. No primeiro caso, ela foi apontada como responsável pelo furto de R$ 250 que estavam na carteira da proprietária de uma casa onde ela trabalhava como funcionária de uma empresa de telefonia. Logo após três anos, em 2013, Eliene foi levada à 21ª Delegacia de Polícia em Taguatinga Sul após furtar seis peças de roupas de uma loja de departamento em um shopping da região. Ela confessou o furto ao segurança do estabelecimento, após as câmeras de segurança registrarem o acontecimento.

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