“Conseguiram o que queriam”, afirma esposa de Lázaro Barbosa após morte

Após o confronto no matagal, Lázaro ainda chegou a ser socorrido e levado a uma viatura do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.

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A esposa de Lázaro Barbosa, de 32 anos, morto na manhã desta segunda-feira (28), em uma ação policial após 20 dias sendo procurado em Goiás, disse que os policiais "conseguiram o queriam" após a morte do companheiro.  Após o confronto no matagal, Lázaro ainda chegou a ser socorrido e levado a uma viatura do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.

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"Eles conseguiram o que queriam, que era matar ele. Acho que não precisava desse desfecho. Desde o início eu tenho me disponibilizado para ir à mata. Os policiais de Goiás sempre quiseram ele para matar, e não para prender. Disso eu tenho certeza. Se eles quisessem ele vivo, iam ter ele vivo. Porque eu e tia nos disponibilizamos a ir à mata. Se nós tivéssemos ido, a gente tinha convencido ele", disse Helen em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, da TV Record. 

Ela reconheceu o corpo de Lázaro no IML (Instituto Médico Legal) e afirmou que a cabeça dele "estava muito inchada". De acordo com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, Lázaro reagiu ao cerco policial em Águas Lindas de Goiás (GO) e houve troca de tiros. Miranda afirma que o fugitivo foi socorrido com vida, mas chegou morto ao Hospital Municipal Bom Jesus. 

A tia de Lázaro, Amélia, declarou na entrevista que não chegou a ver o corpo do sobrinho, mas viu fotos no celular de outra pessoa. "Não tem canto do corpo dele sem tiros", afirmou ela, que ainda relatou que a família não tem condições financeiras de arcar com o enterro dele. Questionada sobre a possibilidade de Lázaro ter sido ajudado nesses 20 dias de fuga, a esposa afirmou não acreditar nessa versão.

Momento em que Lázaro foi levado ao hospital (Foto: Reprodução)

20 dias de buscas

As buscas começaram no dia 9 de junho, após o crime no DF. Na fuga, Lázaro roubou um carro e foi para a cidade de Cocalzinho de Goiás, a 80 km de distância. Desde então, foi perseguido pela força-tarefa policial pelas matas da região. Drones, helicópteros, rádios comunicadores e até um caminhão com uma plataforma de observação elevada de videomonitoramento ajudaram nas operações.

Durante a perseguição, Lázaro invadiu ao menos 11 fazendas, trocou tiros e baleou moradores, dois policiais militares e um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo informações da força-tarefa.

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