Com as altas temperaturas registradas durante o período denominado como BR-O-BRÓ, o consumo de água na capital piauiense atinge níveis acima da média anual, exigindo um esforço da Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí) para suprir a demanda. A estimativa da companhia é que os índices cresçam 20%, apontando ainda para a ocorrência de intermitência no abastecimento em algumas regiões. Desse modo, a recomendação é que seja feito o uso consciente do líquido, tendo em vista que essa medida ajuda a equilibrar o sistema.
Os investimentos para resolver problemas pontuais no serviço, principalmente nas áreas mais altas e afastadas centro, fazem-se necessários. Para se ter uma ideia, apenas no mês passado a empresa aumentou em 6% a produção com a ampliação da Estação de Tratamento III, localizada na zona Sul; destacando ainda a reforma que ampliou a produção de 235 litros por segundo para 500 litros.
“O sistema também ganhou mais eficiência com a automação dos sistemas de monitoramento do processo produtivo e de dosagens de produtos químicos”, ressalta o presidente da Agespisa, José Augusto Nunes. No total, o complexo de estações de tratamento localizado na zona Sul de Teresina produz 235 milhões de litros por dia. Já na zona Norte, a previsão é que a Estação de Tratamento da Santa Maria da Codipi seja concluída até o final do ano, tendo como meta beneficiar 200 mil teresinenses.
Moradores do Vamos Ver o Sol sofrem com a intermitência
Apesar dos esforços que a Agespisa afirma estar tomando para garantir o abastecimento pleno na capital, moradores de diversos bairros da capital seguem sofrendo com as constantes interrupções. No Vamos Ver o Sol, zona Sul de Teresina o problema acontece rotineiramente, e o pedido é para que medidas sejam tomadas urgentemente. “Aqui é terrível, só sabe quem mora aqui, um dia sim e outro não falta água”, diz a costureira Jucilene Santos.
A interrupção no serviço causa constrangimentos e exige a adoção de soluções drásticas. “Às vezes eu tenho que comprar quentinha, pois não há água para cozinhar, isso é um absurdo”, detalha. Com a dificuldade, a precaução se dá ao armazenar o líquido. “Encho os baldes e as garrafas pet, pelo menos para ter pra banhar”, garante.
Os empecilhos surgiram recentemente, o que causa confusão e tristeza. “Eu quero água, porque antigamente não tinha disso aqui. Eu não tenho ventilador em casa, então para conseguir dormir só tomando banho; agora o talão nunca falta”, sintetiza Santos.
Em nota, a Agespisa reconhece a intermitência na região, contudo, destaca que é um problema pontual, que se deve ao alto consumo.
Clique aqui e curta a página do meionorte.com no Facebook