Controle clonado vira “arma” de ladrão em roubo a prédios de luxo no Brasil

Equipamento clonado foi usado em 4 dos 6 arrastões este ano

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Foi com o uso de um controle clonado que criminosos agiram em quatro dos seis arrastões do ano na capital paulista neste ano. Entre os locais roubados está um condomínio de luxo, na terça-feira, na alameda Lorena, no Jardim Paulista, zona oeste da cidade. Com um carro semelhante ao de um morador, os bandidos armados se aproximam da entrada do prédio, acionam o controle do portão e entram no local pela garagem. A estratégia chama o mínimo de atenção e evita que alguém do lado de fora do prédio ligue para a polícia no momento do assalto. Com a série de arrastões, alguns cuidados devem ser tomados. O principal é evitar que outras pessoas tenham acesso ao seu controle.

Atualmente, há ao menos quatro tecnologias diferentes de controles no Brasil, quase quatro décadas após a implantação dos primeiros portões automáticos no País. Dois tipos deles são facilmente clonados. O mais antigo, conforme quatro técnicos consultados pelo jornal, pode ser fraudado cortando apenas um fio. Dessa maneira, ele passa a funcionar como um controle universal. O outro, mais usado, tem sua "senha" copiada por meio de um aparelho conhecido como "chupa cabra". O equipamento é vendido a R$ 50 na internet ou em lojas de informática. Estima-se que quatro milhões de imóveis no País usem essa tecnologia. Os sistemas mais seguros se baseiam na renovação da senha do controle toda vez que ele é acionado. Se o clone não seguir essa sequência, o portão não abre. Uma fábrica juntou a essa tecnologia informações como o nome do morador e a placa do carro, tornando a fraude ainda mais difícil.

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