O Hospital Materno Infantil, situado em São Luís, está investigando o desaparecimento de três fetos. Um deles morreu com 37 semanas de gestação. O caso mais recente de desaparecimento de bebê ocorreu quando uma recém-nascida sumiu das dependências do hospital logo após o seu nascimento.
Bastante abalado, o pai da criança, Acsuel José Pereira Silva, diz que ainda chegou a pegar a sua filha, que se chamaria Maria Clara, nos braços antes dela ser entregue a enfermeira para a realização de procedimentos de limpeza. “Eu fico muito triste com o que aconteceu. Era para eu estar com as minhas filhas no braço”, desabafou.
Sobre o desaparecimento da recém-nascida, a diretora do hospital, Joyce Lages, revela que depois de constatar a morte do feto, o corpo foi encaminhado para a câmara fria. Os pais da criança se deslocaram juntos ao prédio da Polícia Federal onde foram cobrar explicações sobre o processo que investiga o caso.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o depoimento da mãe do bebê ainda abalada antes de receber alta, mostrando a revolta da família. Nas imagens, a mulher fala que era para estar com o bebê nos braços e não em uma situação dessas em que o corpo sumiu.
“Mesmo eu sentindo essas dores a neném ainda estava muito bem, eu tenho a ultrassom que mostra que ela estava bem e eu falei com a doutora que estava batendo a ultrassom que eu estava sentindo dores e ela mandou eu ir para casa porque era normal”, relatou.
O advogado do casal diz que por enquanto a intenção é apenas de que todos os detalhes do caso sejam divulgados. “Nós estamos querendo esclarecer tudo que aconteceu, todo sofrimento que passou a família. No momento nós estamos acompanhando eles para poder saber solucionar, averiguar, a responsabilidade do que aconteceu e a família foi até a Polícia Federal justamente para conversar e saber as informações já que é um hospital de competência da justiça federal”, disse.
A direção do Materno Infantil chegou a comunicar a imprensa o registro de outros casos e apontou como possível causa a ação de zeladores que teriam confundido os corpos dos bebes com lixo. Um processo também foi aberto pelo Ministério Publico Federal.