Corpo de jovem que sumiu ao procurar emprego há 10 dias é encontrado no RJ

A jovem passou 10 dias desaparecida e o corpo dela foi encontrado . O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros, que pediu a prisão de dois suspeitos, mas o pedido foi negado pela Justiça.

Imagem mostra Camille Vitória, que permaneceu desaparecida por 10 dias, e cuja o corpo foi encontrado nessa segunda-feira (15) | FOTO: Reprodução
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Chegou ao fim uma espera angustiante de 10 dias por respostas sobre o desaparecimento de Camille Vitória Monteiro, de 21 anos. O corpo dela foi encontrado perto do Rio Magé, na Baixada Fluminense, nessa segunda-feira (15). Ela sumiu no dia 5 de julho após sair de casa, em Anchieta, na zona Norte do Rio, para uma entrevista de emprego no Centro.

A família passou dias procurando por Camille e tinha esperança de encontrá-la com vida. A jovem deixou três filhos pequenos. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) pediu a prisão de um zelador do clube onde ela trabalhava como faxineira e um ex-policial militar, inclusive, o ex-PM chegou a ser detido e apontou onde o  corpo estava, mas mesmo assim, a Justiça negou o pedido. 

Dessa forma, o suspeito foi ouvido e depois, teve que ser liberado. Após ter sido encontrado, o corpo de Camille foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Teresópolis, onde a família foi fazer o reconhecimento.

Camille Vitória Monteiro foi morta após sair de casa para uma entrevista de emprego no Centro do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo 

MOTIVAÇÃO DO CRIME

Em depoimento à polícia, o zelador admitiu que ele foi um intermediador da suposta entrevista de emprego a qual motivou Camille a sair de casa. Ele relatou que foi contratado por um ex-policial militar para providenciar uma "mulher jovem e malandra para tirar fotos e vídeos da esposa de um homem proprietário de 5 postos de gasolina que estaria sendo traído".

O zelador disse que o suposto empresário teria 70 anos, e a mulher dele, que seria flagrada, 24 anos.  Para a polícia, o zelador alegou para a polícia que indicou Camille por saber que ela aceitaria o serviço por causa do dinheiro, já que costumava fazer "bicos" para se sustentar. Então, ele afirmou que levou a jovem para se encontrar com o ex-PM na Central do Brasil, dias antes do sumiço.

Ainda conforme o depoimento do zelador, o serviço seria em Nova Campinas, em Duque de Caxias, e que estava agendado para o dia 5 de julho, mas que não teve contato com o ex-policial e com a Camille nos dias que antecederam o sumiço. Ele disse que o ex-policial ligou na madrugada da sexta (05) dizendo o seguinte: "Deu ruim! Fui buscar a menina e ela não estava lá! Desliga o telefone e quebra o chip".

Ex-policial diz que viu jovem sendo agredida

 o ex-policial disse que é amigo do suposto proprietário de postos de gasolina que o contratou há mais de 20 anos. Para a polícia, o ex-PM falou que ao se encontrar com o amigo, ele disse que precisava de "uma moça nova para realizar um determinado serviço e que [o zelador] já sabia quem era".

O ex-PM contou ainda que chegou a mostrar uma outra moça, indicada pelo zelador, mas foi informado que não era conveniente para o serviço. Ao indicar Camille, a jovem foi contratada para o serviço. Contudo, segundo o ex-policial, durante o trajeto para Duque de Caxias (onde aconteceria o "serviço"), ele achou melhor descer do carro onde estava com a jovem e mais dois homens.

O ex-policial disse para a polícia que, após descer, viu quando os dois homens que estavam no carro desembarcaram agredindo a jovem, mas preferiu deixar o local. O corpo foi encontrado na mesma região.

Camille Vitória Monteiro foi vista com vida, pela última vez, o dia 5 de julho — Foto: Reprodução

BUSCAS PELA JOVEM

As buscas por Camille começaram ainda no dia do desaparecimento, em 5 de julho. Ela saiu de casa e avisou a avó que iria fazer uma entrevista de emprego na Central do Brasil.

Cerca de duas horas após sair, a jovem mandou uma mensagem para uma tia dizendo que tinha encontrado uma amiga e precisava resolver um assunto em Campo Grande, na Zona Oeste. Depois, os familiares ligaram para o celular, mas o telefone estava desligado.

A família conta que Camille trabalhava como garçonete em clubes de Anchieta. O funcionário de um deles esteve várias vezes na casa da família procurando pela jovem. Ela chegou a dizer para a avó que ele estava intermediando uma proposta de emprego.

Os parentes registraram o caso na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e iniciaram uma campanha nas redes sociais. No último fim de semana, a família e a polícia foram até o clube onde mora o zelador que intermediou o contato de emprego. No quarto dele, foram encontradas roupas íntimas femininas, preservativos e medicamentos. O funcionário chegou a sumir após a repercussão do caso.

A investigação sobre o crime continua, sob o comando da Delegacia de Descoberta de Paradeiros.

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