Atualizado às 16:30
Após uma hora de interrogatório foi a vez José Viriato Correia Lima dar seu depoimento. Com uma bíblia debaixo do braço, ele retornou ao júri às 15h27.
Assim como Ana Zélia, José Viriato declara-se inocente do homicídio de Castelinho. "Todas as minhas condenações estão pagas. Estou preso desde 18 de outubro de 1999, quando apresentei-me espontaneamente", declara.
Ele reitera que não é parente de Ana Zélia, mas que foi amigo pessoal de José Ferreira Castelo Branco. "Estão me julgando pelo meu sobrenome. Dra. Ana Zélia não é nada minha. Fui amigo particular do marido dela", declara.
Com um discurso contraditório, Correia Lima diz que sempre falava com Ana Zélia. Em sua fala, o ex-coronel declara, ainda, que o motorista Francisco Moreira do Nascimento nada tem a ver com o assassinato de Castelinho. Após o promotor dizer que não acreditava em uma palavra que Correia Lima disse, o advogado de defesa interrompe os questionamentos e discorre sobre seu relacionamento com o acusado.
Ao final de seu depoimento, Correia Lima pede clemência. "Eu gostaria de pedir aos jurados que não olhassem o passado, mas que olhassem o presente", conclui a fala.
Ao adentrar ao júri, Francisco Moreira do Nascimento nega ter envolvimento com o caso. "Passei 10 anos cumprindo pena. Sem comer, sem beber. Não matei esse engenheiro, nem conhecia essa pessoa. Não tenho bola de cristal para adivinhar nada e para matar alguém", declara o cabo aposentado da polícia.
Ao finalizarsua fala, Moreira reitera que a acusação da promotoria é quívoca.
Atualizado às 15:30
O julgamento retornou às 14h21
Em depoimento ao júri, que até o momento declara os réus inocentes pelo assassinato, a farmacêutica Ana Zélia Correia Lima nega ter qualquer envolvimento com o crime. "Eu jamais mataria alguém. Nem meu pior inimigo. Quem dirrá o pai dos meus filhos. Luto há 16 anos para que a verdade seja dita", declara.
A farmacêutica alega que as acusações em seu nome estão relacionadas a cargos que ocupou na Universidade Federal do Piauí (Ufpi) e Conselho Regional de Farmácia (Crf). "Fizeram etiquetas caluniosas contra mim, como se eu fosse uma garota de programa. Nunca tive uma crise conjugal com meu marido. Nunca ameacei atentar contra minha vida", afirma.
Além de negar que teria ameaçado cometer suicídio, Ana Zélia dá a entender que o assassino de Castelinho foi um assaltante da antiga Telepisa. Este assaltante teria relações com delegados da Polícia Militar do Piauí, por isso foi acobertado. "Existe muito corporativismo", considera.
Após explicar sua árvore genealógica, Ana Zélia diz não ter relações com o então coronel. "Não há qualquer parentesco entre minha pessoa e José Viriato Correia Lima".
Atualizado às 13h20min
O Promotor de Justiça Regis Marinho conversou com a equipe do Programa Agora e falou sobre o julgamento.
“Nós vamos agora para a fase dos interrogatórios dos três acusados. As testemunhas já foram ouvidas e apenas depois dos pronunciamentos no interrogatório, é que vamos dar a sentença. A sentença está prevista para hoje ainda, mas pelo fato de serem três acusados, o tempos será maior”, disse Regis Marinho.
Já o advogado da professora acusada de mandar matar seu esposo, afirma que nada há em termos de acusação contra sua cliente.
“Não há no processo a mínima prova que autorize a acusação da Professora Zélia, apenas especulações. Não há provas de que ela tenha cometido o delitos, nem do autor dos disparos que mataram a vítima”, disse o advogado de defesa Jurandy porto.
Julgamento
Estão sendo julgados no Tribunal do Júri do Estado, durante a manhã desta quinta-feira (24), o ex-coronel José Viriato Correia Lima, o policial militar da reserva, Francisco Moreira do Nascimento e a professora aposentada Ana Zélia Correia Lima Castelo Branco.O julgamento iniciou às 9h.
Eles são acusados de participar do assassinato do engenheiro José Ferreira Castelo Branco, conhecido como Castelinho. O crime ocorreu no ano de 1999, enquanto a vítima fazia uma caminhada.
Ana Zélia Correia Lima é viúva de Castelinho. A mulher juntamente com o Correia Lima são acusados de terem arquitetado o crime. A defesa acredita que eles são inocentes e não há provas de que eles tenham participado do homicídio. Já Francisco Moreira é acusado de disparar três tiros pelas costas em Castelinho.
O juiz da 1° vara Fabrício Paulo Sidney e o promotor é o Regis Marinho realizam o julgamento. Participaram do julgamento 15 testemunhas. O Tribunal do Júri é formado por sete pessoas. A expectativa é que os três acusados sejam julgados, conjuntamente ainda nesta quinta-feira (24).
FLASH DA REPÓRTER IZABELLA PIMENTEL