Mariana Carvalho pediu um celular de presente para os pais no seu anivers?rio. ?Pedi um celular lindo, de ?ltima gera??o. Sempre quis ter ele?, conta ela. Na data, pedido atendido e felicidade exposta atrav?s de in?meros sorrisos e beijos na fam?lia. Mas a alegria de Mariana n?o durou muito, ou melhor, durou exatos cinco dias. ?Fui ao centro com minha amiga e l? me roubaram. Na hora fiquei sem acreditar, mas ele estava armado e tive que dar?, lembra a adolescente.
O fato que aconteceu com a jovem j? est? longe de ser novidade. A cada dia o n?mero de pessoas que s?o roubadas no centro de Teresina s? aumenta. As v?timas s?o sempre semelhantes: idosos, mulheres e adolescentes. No entanto, a pris?o de sete pessoas na ?ltima semana mudou um pouco esse quadro segundo Carlos Ara?jo, o Carl?o, chefe de investiga??o do 1? Distrito Policial.
?Prendemos na semana passada uma quadrilha que estava aterrorizando o centro, a zona Leste e a zona Sul de Teresina. Com a pris?o dessas pessoas o n?mero de assaltos reduziu muito. Intensificamos o trabalho porque a situa??o estava complicada. Muitas pessoas estavamsendo roubadas no centro e por isso estamos trabalhando agora quase o dia todo. O resultado dessa intensifica??o foram as recentespris?es que realizamos?, revela Carl?o.
Segundo ele, o problema maior no centro da capital eram os lanceiros; pessoas que ficavam esperando os aposentados receberem o dinheiro da aposentadoria. ?Ficava de oito pessoas esperando os idosos irem at? a parada e depois agiam. Muitos casos aconteceram, mas agora estamos trabalhando forte; uma parceira entre a Pol?cia Militar e a Policia Civil?, garante o inspetor.
Outra a??o bastante comum na regi?o central de Teresina era feita por menores. Muitos se aproveitavam do descuido para roubar celulares, cord?es, rel?gios e outros objetos de valor. ?O hor?rio que eles mais agiam era pela manh? quando os pais deixavam os filhos na escola. A crian?a sa?a, ficava conversando com alguns amigos antes de entrar e assim eram surpreendidos por esses meliantes. Muitos ainda agrediam os adolescentes. Prendemos o chefe dessa pequena quadrilha e mandamos alguns para o Centro Educacional Masculino (CEM)?, ressalta.
Com todas essas pris?es, Carl?o chega a afirmar que o n?mero de assaltos e viol?ncia no centro da capital reduziu em at? 50%. ?Isso
foi determinante para acabar com muitos problemas que t?nhamos por aqui. Tenho certeza que o n?mero de assaltados reduziu pela metade?, garante.