Uma criança de dois anos de idade sobreviveu a um incêndio na residência onde morava ao se esconder dentro da geladeira para fugir das chamas. O caso aconteceu no bairro Altos da Serra, em Cuiabá, na madrugada da última sexta-feira (9). Nesta segunda-feira (12), familiares e vizinhos da criança foram ouvidos pela Polícia Civil.
A suspeita dos bombeiros é que o fogo começou, por volta de 1h da manhã, depois de um curto-circuito no ventilador. Segundo o relato dos vizinhos, ao chegar à residência, encontraram o quarto do garoto tomado pelas chamas. Foi quando ouviram um grito de criança. Ele saiu do quarto antes de a cama dele ficar totalmente destruída.
Os vizinhos tiveram que arrombar a porta para fazer o resgate e quando entraram, viram que o menino havia se escondido dentro da geladeira, na parte de baixo.
Elizabeth Gomes da Silva, que ajudou a criar o garoto por um ano, relatou sobre a esperteza da criança nesse momento de perigo.
"Quando ele vinha na minha casa, dava para ver que era uma criança que não precisava de ninguém. Ele levantava, abria a geladeira, se queria ver televisão, dava jeito, tentava conectar no desenho que ele gostava sozinho. Ele não fala", conta.
Elizabeth está conversando com o pai do menino a respeito da guarda, que foi temporariamente retirada da mãe. Ela diz que se depender dela, o garoto não vai ficar sem cuidados.
Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar levou o menino para o hospital, onde passou por exames de tomografia e raio-x. A criança não teve sequelas graves.
"A única coisa que eu percebi foi uma escoriação no rosto dele, que talvez seja de entrar na geladeira, o ferrinho da geladeira pode ter machucado. A criança está bem. O que devia ser feito em relação a saúde e alimentação do garoto foi feito", afirma a conselheira tutelar, Juscilene Xavier.
Mãe tinha saído com amigos
A mãe, de 20 anos, foi presa em flagrante por abandono de incapaz. Ela confessou à polícia que deixou o filho sozinho para ir a uma festa com amigos e foi liberada após audiência de custódia. O Ministério Público Estadual (MPE) pediu sigilo no caso até o fim das investigações.
Com informações do G1