O menino de sete anos, torturado pela mãe e por um vizinho no último sábado (22), já voltou para o município de São João Batista (296 km de São Luís). Ele estava internado no Hospital Materno Infantil para tratar as feridas e marcas deixadas pela tortura. A mãe, Antônia Santos Silva, e o vizinho, José Jerônimo Viana, foram presos em flagrante e estão detidos na delegacia do município, onde ficarão até o julgamento do caso pela Justiça.
O delegado Armando Pacheco, titular da delegacia de São João Batista, informou ao Imirante que o menino está na casa de uma vizinha e está sendo acompanhado por uma psicóloga do município. O caso também está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar de São João Batista.
O menino de sete anos teve suas mãos e pés amarrados, foi chicoteado e ainda teve o calcanhar furado com um espeto de churrasco quente. Ele contou ainda que a mãe e o vizinho megulharam, várias vezes, sua cabeça em um balde com água, deixando-o sem respirar.
Inquérito
De acordo com o delegado, o prazo para conclusão do inquérito sobre o caso de tortura é de 10 dias, a contar do dia do flagrante, feito no sábado. Sendo assim, o delegado Armando Pacheco tem até a próxima segunda-feira (31) para concluir as investigações.
"Já estou ouvindo testemunhas e muitas estão contanto episódios anteriores de tortura da mãe e desse vizinho com o menino. Tentarei ouvir o máximo de pessoas nos próximos dias para oferecer um inquérito bem estruturado", declarou o delegado Armando Pacheco.
Segundo delegado, foi ouvido, na tarde desta segunda-feira (24), o vizinho do menino, que fez a denúncia à polícia no último sábado. Ele ontou, de acordo com o delegado Pacheco, que nas últimas semanas o menino havia sido torturado por Jerônimo Silva no meio da rua. Ele teria derrubado o menino e pressionado o pé no pescoço da criança. As informações repassadas à polícia pelas testemunhas é que o menino ficava na casa desse vizinho enquanto a mãe saía para trabalhar.
José Jerônimo Silva já está com um advogado de defesa, que de acordo com o delegado, já conseguiu seis testemunhas de defesa. Armando Pacheco, contudo, diz que não tem como reverter a confirmação da tortura. A mãe do menino, Antônia Santos Silva, não tem ainda advogado de defesa. Os dois continuarão presos em São João Batista.