A morte da sargento Stephanie da Silva Magalhães, de 26 anos, que foi assassinada a tiros pelo colega Isaque Frederico Silva Ferreira, de 32 anos, durante uma festa julina promovida pelo Exército em Uberlândia, está sendo investigada pela Polícia Civil. Após o crime, o atirador foi baleado por um policial penal e também veio a óbito.
Quem é a vítima?
A vítima, sargento Stephanie da Silva Magalhães, era natural do Rio de Janeiro e trabalhava como técnica de enfermagem no 36º Batalhão de Infantaria Mecanizada de Uberlândia. Ela estava na festa acompanhada de amigos e de seu namorado, também militar, com quem mantinha um relacionamento há pouco mais de um ano. O namorado de Stephanie também foi baleado e sofreu ferimentos graves.
Quem é o atirador?
O atirador, sargento Isaque Frederico Silva Ferreira, de 32 anos, era membro do Exército Brasileiro e foi o responsável pelos primeiros disparos. Ele nasceu em Lavras, no Sul de Minas Gerais, e seu corpo foi levado para ser velado lá.
Onde ocorreu a festa?
A festa ocorreu na sede do Grêmio Recreativo de Subtenentes e Sargentos de Uberlândia (Gressu), no Bairro Jaraguá, e havia cerca de 500 pessoas presentes, de acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar. Alguns relatos de pessoas presentes na festa descreveram momentos de tensão nas redes sociais.
Qual foi o motivo do crime?
De acordo com testemunhas, Isaque viu Stephanie na festa acompanhada de seu namorado e ficou evidente que ele tinha sentimentos por ela, mas não eram correspondidos. Esse desentendimento pode ter sido uma das causas dos tiros. A Polícia Civil ainda está investigando a motivação do crime.
Em que momento começou os tiros?
A troca de tiros teve início durante uma apresentação de quadrilha do Grupo Junino Forrozarte. Após os disparos, houve correria e os dançarinos se esconderam no banheiro. Conforme relatado no boletim de ocorrência, Isaque primeiro atirou contra o namorado de Stephanie e depois mirou na jovem, disparando várias vezes, mesmo depois de ela cair no chão. Testemunhas afirmaram que ele atirou na cabeça dela.
Um policial penal que estava de folga com sua família na festa percebeu a situação e atirou em Isaque, que faleceu no local. A perícia da Polícia Civil encontrou 12 cartuchos da arma de Isaque e um da arma do policial penal.
Como estão as investigações?
A Polícia Civil está conduzindo as investigações para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. O 36º Batalhão de Infantaria Mecanizada de Uberlândia também instaurou um inquérito Policial Militar sobre o crime.
O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen), vinculado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), está acompanhando as investigações criminais realizadas pela Polícia Civil e tomará as medidas administrativas adequadas em relação ao policial penal que efetuou o disparo.
Além dos dois militares, pelo menos mais três pessoas ficaram feridas e foram levadas para um hospital na cidade.
O 36º Batalhão de Infantaria Mecanizada de Uberlândia emitiu uma nota expressando condolências às famílias das vítimas e anunciou a abertura de um inquérito para investigar o incidente.