Dados furtados da Petrobras eram de campo de gás, diz PF

A sonda pertence à companhia americana Diamond, representada no Brasil pela filial Brasdrill

Três funcionários do setor de segurança da Petrobras foram ouvidos na manhã desta quarta-feira na delegacia da Polícia Federal | G1
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A Pol?cia Federal informou nesta quarta-feira (20) que os dados sigilosos da Petrobras furtados no fim de janeiro se referem a

trabalhos da sonda de perfura??o NS-21, conhecida tamb?m como Ocean Clipper, respons?vel pela descoberta gigante do Campo de J?piter, anunciada no in?cio deste ano. A ?rea representa uma extensa reserva de g?s natural na regi?o da Bacia de Santos.

A sonda pertence ? companhia americana Diamond, representada no Brasil pela filial Brasdrill, e trata-se de uma das duas ?nicas unidades contratadas pela Petrobras com capacidade para perfurar po?os abaixo da camada de sal, em uma ?rea muito profunda, abaixo do leito marinho. A descoberta de J?piter foi comemorada pela estatal como a confirma??o de que o risco explorat?rio da regi?o ? extremamente baixo.

Depoimentos

Tr?s funcion?rios do setor de seguran?a da Petrobras foram ouvidos na manh? desta quarta-feira na delegacia da Pol?cia Federal, em Maca?, na regi?o Norte Fluminense do Rio, sobre o furto de quatro computadores port?teis e dois pentes de mem?ria com informa?es sigilosas da estatal.

A delegada Carla Dolinski marcou para esta tarde o depoimento de mais quatro pessoas que seriam das empresas Halliburton e Transmagno. Na v?spera, a PF criticou o sistema de seguran?a da Petrobras e a forma como a carga foi transportada - a estatal n?o comentou o assunto.

Das 24 pessoas que tiveram contato com os equipamentos e foram respons?veis pelo transporte do cont?iner, 17 j? foram ouvidas. A PF descartou a hip?tese de crime comum no caso - trata-se, segundo o ?rg?o, de um caso de espionagem. Isso porque foram roubados quatro laptops e dois pentes de mem?ria da estatal, mas outros equipamentos foram deixados intactos.

Trajeto

Segundo as testemunhas, os equipamentos da consultoria Halliburton deixaram a plataforma no dia 18 do m?s passado, mesmo dia em que a sonda interrompeu as atividades no bloco BM-S-24, e chegaram ao Rio no dia 25, onde ficaram armazenados no terminal Poliportos, na zona portu?ria.

No dia 29 de janeiro, os equipamentos seguiram rumo a Maca? (RJ) em um caminh?o da transportadora Transmagno, que ? monitorado por rastreador. O motorista passou a noite no posto Mucelin, em Itabora?, na regi?o metropolitana do Rio, seguindo determina??o da transportadora de n?o viajar ap?s as 22 horas. Normalmente, a viagem duraria tr?s horas e meia.

A pol?cia sabe que n?o houve desvio no trajeto do caminh?o e que o posto tem seguran?a particular para proteger os caminh?es que passam a noite em suas instala?es.

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