A família da dançarina cearense Ana Carolina de Souza Vieira, de 30 anos, estava preocupada com a presença do ex-namorado dela, Anderson Rodrigues Leitão, de 27 anos, em São Paulo. Ele morava em Fortaleza, de onde viajou de avião para a capital paulista na sexta-feira (30), e insistia em encontrar a vítima. O medo é revelado por mensagens de Whatsapp no grupo da família.
A dançarina foi encontrada morta na manhã de quarta-feira (4) no apartamento em que morava em São Paulo. O corpo foi achado após os zeladores sentirem um cheiro forte vindo do apartamento. Eles tocaram a campainha, notaram que a porta estava aberta, entraram e encontraram o corpo na cama do quarto, coberto.
Anderson confessou à polícia que matou a dançarina na noite de segunda-feira (2) e ficou dois dias com a ex-namorada morta. Ele revelou que maquiou o rosto e penteou o cabelo dela após o crime.
O acusado chegou a São Paulo na sexta-feira e foi direto para o prédio de Ana Carolina. Segundo a polícia, ele chegou a entrar no condomínio, mas foi retirado do local pelos zeladores atendendo a um pedido da dançarina, que foi orientada pela família a proibir a entrada dele. Na última segunda, no entanto, ela permitiu que o ex-namorado subisse após ele insistir muito.
Uma das tias pediu para que a sobrinha tomasse cuidado ao sair do prédio. Carol, como a dançarina era chamada pelos parentes, tranquilizou a família dizendo que já tinha proibido que ele entrasse no prédio.Ela também disse que não gostava do ex-namorado da sobrinha e que ele já tinha invadido a casa da mãe da dançarina e cuspido na cara dela.
Uma amiga de infância da dançarina disse que Ana Carolina tinha revelado várias vezes ameaças feitas pelo ex-namorado. Ela pediu para não ser identificada.