Já que o padrasto do goleiro Bruno não pode ser chamado para depor no júri do enteado, que tem início no próximo dia 19, porque o prazo para o arrolamento de testemunhas acabou, a defesa do jogador tenta estratégias para incluir a informação de que Eliza Samudio está viva e fugiu para a Bolívia. O goleiro será julgado junto com outros quatro acusados pela morte da ex-modelo, em um julgamento que deve durar cerca de dez dias.
O advogado Francisco Simim anunciou que está tentando que uma autoridade policial ou do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ouça o padrasto do atleta em uma cadeia de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, onde está detido.
Há 15 dias, Luiz Henrique Timóteo, que tem dois filhos com a mãe de Bruno, enviou uma carta para o defensor Rui Pimenta dizendo que a ex-modelo pagou R$ 4.000 para comprar um passaporte com o nome de Olívia Guimarães Lima, em Governador Valadares, no leste de Minas, em julho de 2010; passado por Guayaramerín, na Bolívia, e tomado rumo desconhecido.
Por enquanto, os advogados não só podem citar carta em comentários. O documento não pode ser juntado ao processo como prova mais. Pimenta aproveita esses sete dias anteriores ao julgamento para analisar o conteúdo da carta.
? Eu acredito na carta que eu recebi. Mas a gente precisa examinar.
O promotor responsável pela acusação no julgamento, Henry Wagner Vasconcelos de Castro, considerou a história fantasiosa.
? Essa história não tem fundamento. Se existe alguma Olívia, para mim, só pode ser a Olívia Palito. Neste caso, ?palito? de ossos, bem tostados, que foi tudo que restou da vítima.