O advogado de Elize Matsunaga, Luciano Santoro, declarou que a hipótese de que uma terceira pessoa estivesse no apartamento no dia em que ela esquartejou seu marido, o executivo da Yoki morto em 19 de maio, não condiz com as informações do processo. A hipótese de que Elize teria sido ajudada nunca foi totalmente descartada pelos investigadores e, nos última dias, ganhou força com a revelação de algumas informações.
Além do laudo necroscópico sobre a morte do executivo da Yoki apontar que os cortes dos membros superiores e inferiores do empresário têm características diferentes ? o que poderia indicar que duas pessoas realizaram os cortes ? a informação de que foi encontrado sangue de outro homem no apartamento do casal reforçou a possibilidade de que Elize não teria feito tudo sozinha, conforme declarou anteriormente. Porém, para Santoro, a tese de que uma terceira pessoa estava no local do crime não é verdadeira.
? O sangue encontrado no apartamento estava ali há um tempo indeterminado. Nada demonstra que tenha sido no momento do crime. Dizer, por causa disso, que havia uma terceira pessoa envolvida é demais. Essa hipótese não condiz com os demais elementos do processo.
De acordo com o advogado de Elize, apenas uma das 30 amostras recolhidas pela perícia no apartamento possuía o sangue. Para ele, esse elemento não é decisivo para a investigação.
? Não dá para saber em que período esse sangue foi parar lá. A gente nunca pode analisar um único elemento como prova de um conjunto.