Sete das 23 testemunhas arroladas para serem ouvidas no julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram dispensadas na tarde desta segunda-feira. Comandada pelo advogado Roberto Podval, a defesa desistiu de ouvir o depoimento de seis pessoas. A assistente de acusação, a advogada Cristina Christo Leite, contratada pela mãe de Isabella, abriu mão do depoimento da avó materna da menina, Rosa Oliveira.
Com as dispensas, não justificadas pelas duas partes, o número de testemunhas a serem ouvidas durante o júri caiu para 16 - 11 arroladas pela defesa, três compartilhadas entre advogados do casal e acusação e duas do Ministério Público.
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, a defesa do casal Nardoni abriu mão dos depoimentos de Geralda Afonso Fernandes (vizinha do casal), Paulo Vasan Geu (escrivão de polícia), Luiz alberto Spínola de Castro(investigador), Cláudio Colomino Mercado (agente policial), Adriana Mendes da Costa poresselli ( escrivã) e Walmir Teodoro Mendes (investigador policial).
O julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina Isabella em 2008, começou às 14h17 desta segunda-feira com o sorteio dos jurados no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. O início estava previsto para as 13h. Dezenas de pessoas, entre jornalistas, estudantes, curiosos e manifestantes pedindo justiça, acompanham o caso que comoveu a opinião pública nacional do lado de fora do tribunal.
O caso
O julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá começou em 22 de março e deve durar cinco dias. O júri popular ouve 16 testemunhas , sendo 11 arroladas pela defesa, três compartilhadas entre advogados do casal e acusação e duas do Ministério Público. Seis foram dispensadas pela defesa ainda no primeiro dia e uma, pela acusação.
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai e a madrasta, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.