Defesa nega fuga de Abdelmassih; médico continua foragido

Médico teve prisão decretada após pedir renovação de documento.

Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão. | Reprodução Globo
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A defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão pela acusação de estuprar pacientes, negou a intenção de seu cliente de sair do país e informou que, para evitar especulações, o médico decidiu abrir mão da renovação de seu passaporte. Abdelmassih teve sua prisão decretada nesta quinta-feira (6) após pedir a renovação do documento na Polícia Federal.

A defesa do médico também informou que vai entrar com outro pedido de habeas corpus. Por enquanto, ele é procurado pela polícia nos endereços que ele forneceu à Justiça onde poderia ser localizado. Um oficial foi até a casa dele, que fica nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, mas não o encontrou.

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, pediram a prisão de Abdelmassih porque desconfiaram de uma possível fuga quando ele tentou renovar o passaporte.

A Justiça aceitou o argumento do Ministério Público segundo o qual Roger Abdelmassih tinha intenção de fugir do país. A Polícia Federal informou que o especialista em reprodução assistida (ele teve o registro médico cassado) requisitou a renovação do documento na semana antes do Natal. Abdelmassih foi condenado pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra suas clientes.

A condenação de Abdelmassih saiu em novembro do ano passado. A sentença foi pelos crimes sexuais cometidos contra 39 pacientes. A Justiça considerou verdadeiros os depoimentos das vítimas, que relataram histórias de abuso, quando procuraram o especialista para tratamento de infertilidade.

O médico foi preso na clínica dele, nos Jardins, e ficou quatro meses na cadeia. Foi libertado na véspera do Natal de 2009.

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