Delegacia da Criança e Adolescente investigará estupro coletivo

Polícia Civil transfere investigação do crime para DCAV

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A investigação do crime de estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos será transferido para a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). A decisão foi tomada neste domingo (29) pelo chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso.

Em nota, a Civil explica que "a medida visa evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho".

A Civil não informou se Alessandro Thiers, que conduzia o caso, continuará investigando o vazamento das imagens do crime na internet.

A polícia prendeu no sábado uma pessoa acusada de envolvimento no crime. O acusado foi levado para a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática para prestar depoimento.

Críticas ao delegado

As críticas ao delegado Alessandro Thiers começaram na sexta (27). A advogada da adolescente, Eloisa Samy, disse, na ocasião, que iria pedir o afastamento do titular da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) porque ele criminalizou a vítima. 

Thiers questionou se a menina, que afirma ter acordado em uma casa com 33 homens e sido estuprada, teria o hábito de fazer sexo em grupo. Também foram ouvidos dois homens que disseram que a jovem teria feito sexo consensual com um deles.

A deputada Martha Rocha (PDT), ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, divulgou na tarde deste sábado (28) nota em repúdio a declarações do delegado. Ela também diz acreditar que falas do agente publicadas na imprensa "criminalizam e culpabilizam" a vítima.

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