Delegacia ouve policial que consultou dados de jovens desaparecidos

O policial consultou os dados na noite em que eles sumiram.

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O DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) ouviu um policial militar nesta segunda-feira (7) por suspeita de envolvimento no caso dos jovens desaparecidos na Zona Leste de São Paulo. O IML (Instituto Médico Legal) identificou dois corpos que foram encontrados em uma mata fechada em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, como sendo dos jovens que estavam sumidos desde o dia 21 de outubro.

O PM, que realiza serviço administrativo em um batalhão da região onde os jovens desapareceram, consultou os dados dos cinco rapazes na noite em que eles sumiram. Ele foi ouvido e negou envolvimento no caso.

O ouvidor das polícias do estado de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, disse que há indícios de extermínio nos cinco corpos encontrados no domingo (6). O ouvidor disse não descartar a possibilidade de participação policial no crime, mas que prefere aguardar o resultado das investigações. “Toda a possibilidade ainda existe e com os exames que serão feitos os indícios vão aparecer ou vão desaparecer, mas começaram agora”.


Foram localizados projéteis de espingarda calibre 12, calibre 38 e pistola calibre .40. A polícia vai pedir os GPs que estavam patrulhando a região de Sapopemba. Um dos indícios da suposta participação policial é uma mensagem enviada por uma das vítimas, Jonathan Moreira Ferreira, de 18 anos. Pelo WhatsApp, ele relatou a uma amiga antes de sumir ter sofrido "enquadro" e "esculacho" da polícia. Familiares dos desaparecidos dizem que policiais militares agiram em represália pelos assassinatos de um policial e um guarda-civil em setembro.

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