A Polícia Civil da Bahia investiga o caso da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos. Preso como principal suspeito, o companheiro dela admitiu que inventou para a polícia a versão de que os dois teriam sido sequestrados. Tancredo Neves afirmou que "girou o cinto de segurança no pescoço dela" para se defender de supostas agressões durante uma discussão.
O QUE SE SABE?
- O corpo de Patrícia Neves foi encontrado no banco do carona do carro dela, em uma área de mata em São Sebastião do Passé;
- Tancredo Neves deu várias versões para a polícia;
- O suspeito teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
INVESTIGAÇÃO
A causa da morte ainda é investigada, no entanto, o investigado confessou que os dois teriam discutido e começou a enforcá-la, com o objetivo de fazer a mulher parar de bater nele.
Na primeira versão, Tancredo relatou que por volta de meia-noite de domingo, os dois teriam saído da cidade onde a vítima morava, Santo Antônio de Jesus. Após a praça de pedágio de Amélia Rodrigues, na BR-324, o casal teria sido abordado por três indivíduos em uma motocicleta.
Tancredo chegou a dizer que os dois foram vítimas de um sequestro e obrigados a fazer transferência de dinheiro. Ele foi supostamente liberado e os criminosos seguiram no carro com Patrícia.
Outra versão
No segundo depoimento, Tancredo detalhou disse estar contando a verdade após passar a noite pensativo e se arrepender do que fez. Ele contou que os dois saíram para beber em Santo Antônio de Jesus, e Patrícia ficou alcoolizada. Na saída, a delegada teria decidido viajar para Salvador a fim de comprar roupas.
O homem relatou que durante a viagem eles pararam para urinar na BR-101. Ainda no trajeto, disse para a mulher que os dois precisavam repensar a relação. Tancredo detalhou que a mulher "nunca saía armada e na noite do ocorrido não foi diferente". Os dois brigaram e ele teria provocado a colisão contra uma árvore.
Depois, Patrícia começou a bater no companheiro, que usou o cinto de segurança no pescoço dela. Segundo ele, o objetivo não era matar a delegada, e sim fazer com que ela parasse as agressões.