Delegado afirma que crime contra prefeito do Maranhão foi planejado

Eduardo Galvão disse também que aconteceu uma luta corporal.

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O corpo de Ivanildo Paiva (PRB), prefeito de Davinópolis (MA), a 663 km de São Luís, está sendo velado desde a noite de domingo (11/11) na residência da família.

O corpo de Ivanildo foi encontrado a 2 km de sua chácara no povoado Juçara, em Davinópolis. Já o carro do prefeito foi encontrado abandonado na BR-010, ao lado da mata do 50 BIS, em Imperatriz. Após perícia foram encontradas pequenas manchas de sangue e sinais de resistência da vítima em seu quarto na chácara. Segundo a polícia, o prefeito foi assassinado com arma de fogo e teria sido atingido com seis a sete disparos.

O delegado Regional, Eduardo Galvão, que acompanha o caso, afirmou que a investigação está em aberto e que a hipótese menos provável é o crime de latrocínio, já que nenhum objeto do prefeito morto foi roubado. O delegado acrescentou que a morte de Ivanildo Paiva apresenta características de um homicídio mercenário que é quando com um mandante e um executor, o que torna a ação metodicamente planejada.

"A investigação está em aberto. Todas as linhas de investigação são possíveis. A menos provável e dificilmente teria ocorrido é a hipótese de latrocínio porque ninguém vai se dá a uma missão dessa, a todo um planejamento, arquitetar um crime e nada levar. Na realidade foi levado apenas o celular, mas por questões alheias a ideia de crime contra o patrimônio. Ali tem todas as características de homicídio mercenário, que nós chamamos de homicídio mediante paga, que tem um mandante e executores. Porque pelo que foi arrecadado no local, em termos de indícios, era impossível uma única pessoa ter rendido ele no interior da residência".

Eduardo Galvão disse também que aconteceu uma luta corporal antes do prefeito ser executado e que durante o crime houve a participação de mais de uma pessoa na ação criminosa. "Houve luta corporal no interior da residência porque há manhas de sangue. Ter conseguido retirar ele do local. Ele foi morto provavelmente onde o corpo foi encontrado. Foi amarrado até o local. Então um único homem não o faria, mas também não descartamos a possibilidade de que esse suposto mandante tivesse na própria ação no momento em que foi perpetrada".

O delegado ainda revelou que o assassinato de Ivanildo Paiva foi planejado. "Mas que foi um crime metodicamente planejado nós não temos a menor dúvida pela distância, pelo horário. A pessoa provavelmente este mais cedo no local, traçou a rota de fuga por onde sairia para onde executaria o prefeito. Então foi um crime planejado, um crime que teve todo um preparo para ocorrer”.

O delegado Regional disse também que no domingo a polícia já começou a colher os primeiros depoimentos e que uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Luís foi encaminhada para Davinópolis a fim de ajudar nas investigações.

“O subsecretário determinou a vinda de uma equipe da DHPP da capital, o delegado Jeffrey de Paula Furtado, e o grupo de investigadores foram trazidos de helicóptero do CTA. De imediato, juntamente com os delegados da Homicídios de Imperatriz, Praxísteles e Gustavo, passaram o dia intimando pessoas, levando para a Delegacia de Homicídios. Já foram colhidos vários depoimentos e hoje o dia prossegue com a realização de perícias e oitivas de novas pessoas referidas, relacionadas que possam nos ajudar", disse Eduardo Galvão.

Eduardo Galvão ressalta que todas as pessoas que tinham alguma realção com o prefeito morto serão ouvidas para que a polícia possa identificar a linha de investigação sobre o caso. "Eu acho que todos aqueles próximos ao Ivanildo, que tinham alguma relação de amizade, que eram confidentes, que possam nos ajudar nessa investigação tem que ser ouvidos para clarear realmente se vinha sendo ameaçado, motivações, se havia alguma queixa por parte dele em relação a qualquer tipo de ameaça para que a gente possa ir delimitar uma linha de investigação”, finalizou.

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