O delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, afirmou, na tarde desta quinta-feira (14), que o atirador do ataque à Escola Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, agiu "sempre sozinho". A polícia já ouviu vizinhos de Wellington Menezes de Oliveira em Sepetiba e em Realengo, além de alunos que estudaram com ele.
De acordo com Ettore, a polícia chegou a Manoel de Freitas Louvise, o homem suspeito de ter vendido o revólver calibre 38, de numeração raspada, após uma análise de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que conseguiu levantar a numeração da arma. A polícia, então, descobriu o dono do revólver, de 57 anos. Na tragédia, 12 crianças morreram e outras doze ficaram feridas.
Para o delegado, o caso está esclarecido. "Ele agiu sozinho. Trata-se de uma pessoa com perturbação mental que teve um surto psicótico e que culminou com essa tragédia que comoveu o país inteiro", afirmou, acrescentando que aguarda os laudos do Instituto Médico Legal apenas dar encerramento à investigação.
Descartado ligação com extremistas
Felipe Ettore disse ainda que localizou um rapaz que teria estudado com Wellington, chamado Abdul - nome citado em um dos manuscritos do atirador e que teria levado à suspeita de ligação com grupos extremistas. "Conversamos com o rapaz e temos convicção de que ele não tem nenhum envolvimento com esse louco que matou as crianças. Descartamos essa hipótese", acrescentou.
O delegado informou ainda que o suspeito confessou que vendeu a arma em setembro de 2010 por R$ 1,2 mil e que Wellington pagou em dinheiro.
Arma e munição
Segundo o delegado, Manoel confessou que vendeu ainda para o Wellington a munição para o revólver calibre 38, com pelo menos 60 cartuchos e também o equipamento usado para remuniciamento rápido, o speed loader.
De acordo com a polícia, o homem trabalhava em um abatedouro e teria sido colega de Wellington. O suspeito foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva e é acusado de comércio ilegal de arma de fogo.