O produtor de eventos Rogério Rodrigues foi convocado novamente nesta quarta-feira (24) pelo delegado que conduz as investigações sobre a morte de Daniel Pellegrine, o MC Daleste, para desta vez reconhecer, por meio de fotografia, três mulheres. A intenção era averiguar um eventual envolvimento do funkeiro com elas.
Rodrigues foi quem contratou o músico para o show no último dia 6 de julho, em uma quermesse em um conjunto habitacional em Campinas, onde foi morto com um tiro na barriga. O produtor afirmou que não conhece as mulheres e que não era amigo de Daleste.
Ele informou que seu contato com o músico era apenas profissional. Na última terça-feira (23), o delegado voltou ao local onde o funkeiro foi morto. Mais de 15 dias depois da morte de MC Daleste, a policia ainda tenta encontrar vestígios que possam levar a alguma pista do assassino.
A polícia tem poucas provas materiais do crime. Como só foi encontrado um fragmento de bala, a perícia não conseguiu definir nem o calibre da arma usada para matar o cantor. Na última segunda-feira (22), os investigadores analisaram os possíveis ângulos de tiro usados pelo autor do crime.
Eles chegaram a avaliar se ele fez o disparo a uma distância ainda maior do que os 40 metros indicados durante a simulação do crime, realizada na semana passada. O assassinato de MC Daleste ainda é um mistério. A polícia não conseguiu chegar a nenhum suspeito para o crime e mantém as duas linhas de investigação definidas desde o início: crime passional ou algum desentendimento com o cantor.
O crime
O funkeiro Daniel Pellegrine, conhecido como MC Daleste, morreu depois de levar um tiro na barriga durante um show que fazia em uma quermesse do CDHU San Martin, conjunto habitacional localizado no bairro São Marcos, em Campinas, no dia 6 de julho.
O cantor, de 20 anos, conversava com público quando levou o tiro. Uma pessoa que estava no local filmando o evento registrou o momento em que o jovem foi baleado. Ele chegou a ser socorrido ao pronto-socorro de Paulínia, mas não resistiu.