Delegado da PF revela plano da máfia dos caça níqueis para matá-lo

Segundo ele, há informação de nomes e data planejada para executá-lo.

Delegado da PF | Reprodução G1
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O cerco à máfia dos caça-níqueis no Rio de Janeiro fez com que contraventores traçassem um plano para executar um delegado da Polícia Federal (PF), responsável pelas investigações. Ameaçado, o delegado Marcelo Daemon, da Delegacia de Polícia Fazendária, recebeu a informação pelo Disque-Denúncia na noite de quarta-feira (9). A PF já tomou as providências necessárias para proteger o policial.

?Já tinha recebido ameaças antes, mas não com essa consistência. A denúncia dá os nomes dos bicheiros que teriam se reunido ontem (quarta-feira) para decidir que eu deveria ser executado no próximo fim de semana. O plano dos chefes seria executado por um policial do 16º BPM (Olaria)?, conta Daemon.

Ele conta que os nomes da denúncia, inclusive do policial, foram checados pela PF e conferem com dados reais dos suspeitos. A informação chegou ao Disque-Denúncia no mesmo dia em que o delegado deflagrou uma operação que estourou uma fábrica de máquinas caça-níqueis e prendeu cinco integrantes da quadrilha dos contraventores citados na denúncia.

Apesar da ameaça, Daemon avisa que a polícia não vai recuar. ?O marginal ameaça e a polícia vai recuar? Essa hipótese não existe?, afirmou ele, que considera a intimidação a mais séria que já recebeu em seis anos na PF.

Máfia dos caça-níqueis recruta técnicos e estudantes de informática

Durante as investigações, o delegado tem observado ainda que a máfia tem recrutado cada vez mais técnicos e universitários recém-formados em informática para trabalhar na programação e manutenção das máquinas.

"Eles oferecem salários acima do mercado", expllica Daemon, que prendeu quatro deles na operação de quarta. A fábrica fechada fazia montagem, manutenção e programação de máquinas caça-níqueis que funcionava em uma rua do bairro da Abolição, no subúrbio.

Na ação, cerca de dez máquinas caça-níqueis foram apreendidas, além de componentes tecnológicos. Os agentes também recolheram aproximadamente R$ 2.500 em espécie.

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