O delegado Antônio de Olim, que está à frente das investigações do caso Mércia Nakashima, comparou o crime cometido com a advogada com o desaparecimento da modelo Eliza Samudio. Segundo ele, enquanto o crime de Mércia foi realizado de forma "profissional", a morte de Eliza foi praticada de maneira "amadora".
Em entrevista ao programa Hoje em Dia, da TV Record, na manhã desta terça-feira (13), Olim disse que concluiu as investigações sobre o assassinato de Mércia. Para ele, o ex-namorado da advogada e principal suspeito, Mizael Bispo, foi o autor do crime.
Para tanto, Mizael teve a ajuda do segurança Evandro Bezerra da Silva. Bispo, que foi descrito como possessivo e ciumento, premeditou o crime, de acordo com as investigações.
A versão da polícia sobre o crime contra Mércia foi concluída depois que Olim colheu o depoimento de Silva. Ele foi preso na madrugada da sexta-feira (9) em Sergipe. O delegado informou que, ao apontar as contradições entre as investigações e seu depoimento, o vigilante deu relatos que batiam com as provas encontradas.
Por isso, para Olim, a forma como Mizael planejou e assassinou Mércia podem ser classificadas como "profissional".
- Foi difícil encontrar o carro. Ele [Mizael] jogou o veículo em um local da represa em que ninguém nada, pois é fundo e cheio de lama. Os bombeiros só acharam o carro [de Mércia] porque bateram em algo parecido. Como não dá para ver nada, eles decidiram puxar e acabaram encontrando o veículo. Na verdade, era para a Mércia ficar no fundo da represa, para ninguém achá-la.
O carro de Mércia Nakashima foi encontrado em uma represa em Nazaré Paulista, cidade do interior de São Paulo, no dia 10 de junho. No dia seguinte, o corpo da advogada foi localizado boiando na represa. Mércia havia desaparecido no dia 23 de maio, depois de deixar a casa da avó.