Quatro anos depois do crime, o corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, vai ser alvo de buscas mais um vez. O primo do jogador, Jorge Rosa Sales, afirmou que sabe onde a modelo foi enterrada. A perícia irá ao local nesta sexta-feira, no que vai ser a 13ª tentativa de encontrar os restos mortais da jovem.
Sales, adolescente na época da morte de Eliza e considerado testemunha-chave no caso, disse em entrevista à rádio Tupi, do Rio de Janeiro, que a mãe do filho de Bruno foi enterrada em uma cova perto do aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte.
Mesmo após o julgamento do goleiro e de todos os envolvidos no desaparecimento da modelo, o mistério de onde está o corpo de Eliza ainda não foi esclarecido. Até um convento entrou na lista dos possíveis locais onde os restos da vítima poderiam ter sido enterrados. Uma carta anônima enviada para um programa de TV dizia que a mata que fica na propriedade seria o esconderijo do corpo. O local fica no bairro Planalto, zona norte de BH.
A lagoa Suja, em Contagem, na região metropolitana, também já foi alvo de buscas da polícia. Localizada no bairro Liberdade, fica a menos de 1 km onde o filho de Eliza foi encontrado. Foram dois dias de procura, com a ajuda de cães farejadores.
Na época do crime, diversas denúncias foram feitas à Polícia Civil sobre a possível localização do corpo. Uma delas afirmou que três homens teriam jogado um saco suspeito na lagoa do bairro Jardim das Oliveiras no dia em que Eliza foi assassinada.
Denúncias também levaram os policiais até a lagoa Várzea das Flores, em Betim, na Grande BH.
Mais uma lagoa esteve na mira da polícia: a do Nado, na região norte de Belo Horizonte. As buscas foram feitas no local porque registros mostraram que ligações telefônicas foram feitas entre os envolvidos no crime perto da área.
Conhecido como local de desova de corpos, a Mata das Abóboras, em Contagem, também recebeu agentes da PC. Novamente, nada foi encontrado.
O sítio do próprio goleiro, em Esmeraldas, foi vasculhado duas vezes: em 2010, na época do crime, a polícia fez várias buscas. Eliza teria sido mantida em cárcere privado no local antes de ser morta. Em 2012, depois e receber novas denúncias, investigadores voltaram à propriedade.
Outro réu do caso teve o sítio tomado por peritos. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o executor de Eliza, usava a área, também na cidade de Esmeraldas, para treinar o GRE (Grupo de Resposta Especial). Uma varredura foi feita dias depois do crime, muito antes de Bola ser condenado a 22 anos de prisão.