O depoimento do pedreiro que confessou ter matado seis jovens, em Luziânia (GO), acabou na madrugada desta terça-feira (13). Ele foi ouvido em Goiânia. Segundo a polícia, ele deu versões contraditórias sobre os assassinatos.
?O interrogatório não é coerente. Ele tenta minimizar a ação, em razão de ser contestado por todos. Ele tenta criar motivação para os crimes, para justificar o que é injustificável?, disse o delegado Juraci José Pereira.
Ainda de acordo com a polícia, ele confirmou que atraía os jovens oferecendo dinheiro ou drogas. O depoimento foi acompanhado por senadores da CPI da Pedofilia.
Entre as vítimas, Diego, de 13 anos, foi o primeiro a desaparecer, em dezembro do ano passado. Depois sumiram Paulo Victor, de 16 anos, George, de 17, Divino, de 16, Flávio, de 14, e Márcio Luiz, de 19 anos.
O pedreiro foi preso no último sábado (10). Com a ajuda dele, os corpos foram encontrados em uma fazenda em Luziânia. O material genético que deve ajudar no reconhecimento das vítimas chegou a Brasília.
Ele teria começado a cometer os crimes exatamente uma semana depois de receber o benefício de progressão de regime.
"O Estado falhou, ou seja, o poder público foi inerte, foi omisso, em uma situação em que gerou praticamente essa calamidade lá em Luziânia", diz o juiz criminal Jesseir Coelho.
O juiz Luiz Carlos de Miranda, que deu a liberdade ao pedreiro, informou, em nota, que o exame psiquiátrico não apontou doença mental, nem necessidade de remédios controlados e que, por isso, o Ministério Público também foi a favor da liberdade.