Designer é agredido por três seguranças

O jovem apresenta hematomas em torno da orelha esquerda, pescoço e têmporas.

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O designer William Henrique Pereira, de 24 anos, afirma ter sido agredido na madrugada de domingo (26) com socos no rosto e na cabeça por três seguranças de uma choperia e karaokê na Liberdade. A região é reduto de descendentes de orientais na região central de São Paulo. Já o estabelecimento é freqüentado por estudantes, homens e mulheres, universitários e grupos de amigos de diversas classes sociais e profissões.

O G1 fotografou o jovem, que apresenta hematomas em torno da orelha esquerda, pescoço e têmporas. Segundo relatou à reportagem e à Polícia Civil, ele disse que foi jogado ao chão pelo menos três vezes, teve a mandíbula deslocada e sente dores na testa e na parte detrás do crânio. Segundo o designer, os ferimentos são resultado das pancadas consecutivas de seu corpo contra o chão.

William registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial, na Sé, fez exame de corpo delito e terá seis meses para oferecer representação contra os supostos agressores. Se isso não ocorrer, o caso será encerrado.

A Secretaria da Segurança Pública informou que a queixa na delegacia foi de lesão corporal. O G1 ligou entre segunda (27) e esta terça-feira (28) para a choperia, mas ninguém atendeu aos telefonemas. Quando a reportagem foi até o local, na segunda, para ouvir a versão dos seguranças, um funcionário informou que eles não iriam falar. Indagado se os responsáveis pelo estabelecimento estavam, ele afirmou que não seria possível localizar o proprietário ou a gerente.

William, afirma que foi à choperia acompanhado de um casal de amigos. E conta que a confusão começou por volta da 1h30 da madrugada quando ele foi até o balcão para pegar uma cerveja.

"Tinha uns garçons e um deles soltou um grito, como para desestressar. Todo mundo deu risada. Uma garçonete estava sentada, com cara de brava.

Em tom de brincadeira, disse para ela que ela precisava dar um grito também, para desestressar. Aí um dos seguranças se aproximou de mim e me empurrou, dizendo que a garçonete era sua mulher."

William disse que foi até a gerente da choperia para reclamar da atitude do segurança. "Ela pareceu indignada e foi conversar com o segurança, que continuava dando risadas. Aí chegaram outros dois seguranças e me puxaram até a saída em baixo de socos. Me jogaram no chão em frente ao estabelecimento. Diziam: "volta lá dentro e paga esta comanda", para fazer as pessoas pensarem que eu tentei sair sem pagar", afirma. "Três vezes eu levantei e fui deitado embaixo de porrada", conta ele.

O designer informou que após as agressões ainda teve de entrar no estabelecimento para pagar a conta. Ele afirma que chamou policiais que passavem pela rua e foi acompanhado por eles até dentro do local. "Os policiais pediram para eu identificar e eu apontei os três seguranças, mas eles anotaram o nome de um só. Fomos à delegacia e fizemos o boletim de ocorrência. Fiz exame de corpo de delito e vou contratar um advogado", afirma.

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