Detenta nega ser noiva de serial killer: ‘Nenhum interesse'

O serial killer se apaixonou por ela ao vê-la pela TV.

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A detenta de 21 anos indicada pelo serial killer de Goiânia Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 30 anos, como sua suposta noiva, negou que tenha havido interesse em se casar com o homem dentro da cadeia. Segundo a defesa de Jéssica Alves dos Santos, acusada de latrocínio, o serial killer se apaixonou por ela ao vê-la pela TV, durante um evento dentro da penitenciária, chegou a enviar cartas a ela, mas as mesmas nunca haviam sido correspondidas.

Segundo o advogado de Jéssica, Edemundo Dias, a jovem disse que nunca correspondeu ao afeto demonstrado pelo serial killer em suas cartas.

“O Tiago, ao que parece, a viu durante um desfile no Dia Internacional da Mulher, em que detentas participaram. O evento foi televisionado e, como ele está isolado no Núcleo de Custódia, o único contato com ela foi de vê-la pela TV. A partir de então ele começou a enviar cartas para a jovem. A advogada dele diz que Jéssica chegou a corresponder algumas, fato negado por ela”.

“Diante de ter sido citada como noiva dele, expedimos uma declaração assinada por ela em que ela diz que não houve ‘nenhum interesse’ de se casar com o Tiago”, disse o advogado.

O pedido de casamento à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) foi feito pela defesa de Tiago Henrique Gomes da Rocha no último dia 21 de setembro. No entanto, a solicitação foi negada pelo órgão, na quarta-feira (26), com a alegação de que homem não pode se casar porque não provou que ele já convivia com Jéssica antes de ser preso.

A DGAP confirmou que o pedido foi negado com base no Regimento dos Núcleos Especiais de Custódia, que só permite o casamento entre detentos em caso do casal já ter sido casado civilmente antes da prisão, quando os dois têm filhos juntos ou, em último caso, quando os presos comprovarem que conviviam “maritalmente” antes da prisão, o que, segundo o órgão, não ocorreu no caso do serial killer.

Jéssica está presa desde dezembro de 2016, na Casa de Prisão Provisória (CPP), quando confessou ter participado do latrocínio do motorista associado à Uber, Lindimar Ferreira Santos, de 38 anos, em Goiânia. Além dela, três homens também foram presos suspeitos do crime. O advogado dela afirmou que ela chegou a ser condenada, mas que recorreu da decisão e o caso ainda segue tramitando na Justiça.

Ele afirma que, após a veiculação do nome dela como suposta noiva do serial killer, a convivência dela dentro do presídio começou a ter aborrecimentos.

“O fato é que ela ficou muito estigmatizada lá dentro, e o ambiente prisional apresenta risco em determinadas situações. O nosso interesse é de preservar a integridade física, eu pedi para o meu sócio ir até o local, ele pegou esta declaração em que nega. Conversamos com a advogada do serial killer e este caso também foi considerado encerrado por ela”, disse.

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