Detentos da penitenciária Gonçalo de Castro Lima, de Vereda Grande, que fica na zona rural de Floriano (256 Km de Teresina) fizeram na manhã desta quinta-feira (21) um motim que segundo a direção da unidade prisional o motivo seria a proibição de entrada de mantimentos trazidas pelos famíliares no presídio.
Os detentos destruíram os pavilhões A, B e C jogando pedras nos agentes e quebrando celas. Agentes e policiais que estavam de folga reforçaram o combate ao motim. Uma bomba de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) informou que os detentos usaram como armas vergalhões e outros materiais retirados da estrutura do próprio presídio.
Segundo informações da Secretaria de Justiça, a rebelião foi controlada por volta das 13 horas com apoio das forças de segurança pública do estado.
O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, disse que a motivação dos presos para se amotinarem foi o não cumprimento, por parte do "comando de greve", da determinação do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) para que os servidores retornem às atividades.
“Vamos comunicar, na Justiça, por meio da Procuradoria Geral do Estado, o fato de o tal 'comando de greve' não estar cumprindo com a determinação judicial de permitir que as visitas entrem com sacolas nos presídios e vamos cobrar para que arquem com o gasto que teremos que fazer na recuperação da unidade”, afirma o gestor.
.Oliveira reforça que, “lamentavelmente, o comando de greve já está há 10 dias prejudicando muitas ações no sistema prisional, além de não cumprir na integralidade a determinação do TJ, ao boicotar a entrada de familiares com sacolas ou alimentos e pertences para os presos”.
A unidade penal de Vereda Grande possui 380 detentos e após o motim ser controlado, eles foram colocados na área de contenção. Os danos nos três pavilhões da unidade foram de média proporção, de acordo com a Secretaria de Justiça.
A sejus determinou que fosse realizado um levantamento financeiro dos danos e prejuízos.