PI: 18 mulheres foram mortas brutalmente no 1º semestre

De acordo com a última estatística, o Estado do Piauí aparece entre os mais violentos contra a mulher em todo o País

"Os verdadeiros números são aqueles que são notificados", diz Martha Goretti. | Reprodução / Rede Meio Norte
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O Piauí possui diversos casos de extrema violência contra a mulher. Alguns, a vítima ainda está sem identificação, a exemplo da mulher morta e esquartejada em janeiro de 2014, cujo corpo foi encontrado em sacos plásticos no rio Poti.

Outro caso, é o de Jessiane Ferreira, morta em abril de 2014 com requintes de crueldade. O seu corpo foi encontrado estripado no bairro Marquês, zona Norte de Teresina. O assassino foi identificado, mas está foragido da polícia.

Na Vila Saci, um homem matou com várias facadas a própria esposa na frente dos filhos. O acusado, Felipe Rocha, foi preso e deve responder por crime qualificado.

De acordo com a última estatística, o Estado do Piauí aparece entre os mais violentos contra a mulher em todo o País. No primeiro semestre de 2014, dezoito mulheres foram assassinadas barbaramente, normalmente por seus maridos ou por seus companheiros dentro de casa.

Além dos casos acima citados, outros cem chegam à mesa da delegada Vilma Alves, da Delegacia da Mulher, a cada ano. Ela conhece de perto o histórico problema de agressões contra a mulher. Segundo ela, a parcela maior do problema está no machismo que impera nos maridos ou nos companheiros.

?Eu digo que é fruto da cultura machista, causada pelo ciúme exagerado. É uma situação desesperadora e não aceitada por nós(mulheres)?, disse a delegada.

Por fim, para a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Martha Goretti, a denúncia é importante, mas é preciso que a mulher se sinta à vontade para denunciar. Segundo ela, é necessária a inserção de profissionais que possibilitem essa prática.

?Nós podemos fazer palestras, trazendo informação sobre a Lei Maria da Penha. A denúncia é importante, mas precisamos de mais juízes, delegadas, médicas legistas e promotoras para que nossas mulheres estejam mais a vontade para denunciar, pois os verdadeiros números são aqueles que são notificados?, afirma a coordenadora.

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