A Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba denunciou um homem que tentou arrancar o celular da ex-namorada no shopping em que ela trabalha como vendedora, em Curitiba. Jessyca Martins voltava para casa no fim do expediente, às 17h, quando foi seguida pelo homem, que a abordou, tomou o celular e correu em disparada. Ele foi interceptado por um segurança do local, e preso em seguida.
Essa não foi a primeira perseguição que Rodrigo da Rocha dos Santos protagonizou na vida de Jessyca: uma delas também envolvia a tentativa de pegar o celular da jovem, envolveu agressões e a levou a registrar um Boletim de Ocorrência contra o ex-namorado, além de pedir uma medida protetiva — a qual ele teria violado nas perseguições seguintes.
"Um dia, ele me bateu na rua. Ele sempre quis pegar meu celular e eu nunca quis passar. Ele pegou meu celular na rua e me bateu, na frente das pessoas. Esse dia eu falei 'chega, esse cara é louco'. Aí fiz o BO e pedi a medida protetiva", contou Jessyca.
Perseguições
Jessycar relatou ter sido perseguida inúmeras vezes, tanto na rua, quanto pela internet.Segundo ela, Rodrigo criava perfis falsos para enviar ameças para ela e para amigos e familiares.
"Ele ia até o meu trabalho, ficava me espiando, até pela internet, fazendo fakes. Perseguiu várias vezes na rua. Quando ele não ia, mandava amigos passarem lá no meu trabalho, fazia perfis falsos para me seguir e xingar meus amigos e amigas, dizia para deixarem de me seguir no Instagram, senão ele iria atrás da pessoa. Ele não tem um perfil aberto dele, nenhum perfil com nome e foto dele, então fazia perfis falsos", explica.
Com a divulgação de vídeos de câmeras de segurança que mostram imagens de alguns desses atos violentos , Rodrigo teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. De acordo com o advogado da vítima, Igor José Ogar, a decisão da juíza foi correta.
"Os inéditos vídeos descobertos pela investigação defensiva do nosso escritório, juntados ao inquérito policial, trouxeram um facho de luz ao Ministério Público e à juíza", diz.