Dois helicópteros da polícia são atingidos por tiros no Rio de Janeiro

Essa ação envolveu a mobilização de mil homens com o objetivo de capturar os principais líderes do Comando Vermelho.

Helicóptero da Polícia Civil teve de pousar após ser atingido por um tiro | Reprodução/TV Globo
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Na manhã desta segunda-feira (9), durante uma operação conjunta das forças de segurança do estado do Rio de Janeiro, dois helicópteros, um pertencente à Polícia Civil e outro à Polícia Militar, foram alvejados por tiros. Os disparos ocorreram enquanto as duas aeronaves sobrevoavam a Vila Cruzeiro. Como resultado, ambas as aeronaves tiveram que retornar ao solo, mas nenhum agente a bordo ficou ferido.

Essa ação envolveu a mobilização de mil homens com o objetivo de capturar os principais líderes do Comando Vermelho (CV), que é a maior facção de tráfico de drogas do estado. A operação foi uma resposta à morte de três médicos na Barra da Tijuca, na semana anterior, e também visava lidar com os conflitos territoriais entre essa quadrilha e grupos milicianos na Zona Oeste do Rio.

Durante a operação, os agentes cumpriram pelo menos 100 mandados de prisão, visando indivíduos como Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, conhecido como Abelha, e Edgar Alves de Andrade, apelidado de Doca. 

Além disso, as autoridades localizaram um laboratório utilizado para o refino de drogas e a produção de artefatos explosivos no Complexo da Maré, especificamente no Parque União. A operação também teve impactos na educação, afetando 58 escolas e cerca de 21 mil alunos, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação.

Secretários acompanham imagens de câmeras - Foto: Rafael Campos

As equipes de segurança se deslocaram para áreas dominadas pelo Comando Vermelho, como a Maré, a Penha e a Cidade de Deus, onde moradores relataram confrontos intensos, que ocorreram até mesmo durante a madrugada.

O secretário estadual de Polícia Civil, José Renato Torres, destacou que a operação foi desencadeada após o setor de inteligência identificar a migração de membros da cúpula do Comando Vermelho para essas comunidades.

O governador Cláudio Castro enfatizou que essa operação foi viável graças a um significativo investimento nas forças policiais, representando o maior investimento de toda a história do estado. Ele ressaltou que os protocolos de investigação e treinamento foram rigorosamente seguidos, assim como as decisões judiciais. O acompanhamento das operações foi realizado pelo secretário da Polícia Civil, José Renato Torres, e pelo secretário da PM, Luiz Henrique Marinho Pires, a partir do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

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