PMs acusados de morte de juíza irão a júri popular por outro crime

Ainda segundo a denúncia, Hayrton desfez o local do crime, removendo o cadáver da vítima, ajudado pelos outros PMs

A juíza Patrícia Acioli foi morta, há um ano, quando chegava em casa | Reprodução
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O Tribunal de Justiça decidiu que dois dos 11 policiais militares acusados de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli - assassinada com 21 tiros quando chegava em casa, em Piratininga, Niterói, em outubro do ano passado - irão a júri popular por outro homicídio qualificado. A decisão, do dia 26 de junho, é do juiz Fábio Uchoa, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Hayrton de Mattos Ferreira, Edemilson Luís Bandeira Vargas, Fábio Cabral Bastos, Alex Ribeiro Pereira e Jefferson de Araújo Miranda - então lotados no 7º BPM (São Gonçalo) - mataram David Edson Soares de Oliveira, por volta de 2h40 do dia 22 de julho de 2005, no Morro Menino de Deus, no Rocha, bairro de São Gonçalo.

Ainda segundo a denúncia, Hayrton desfez o local do crime, removendo o cadáver da vítima, ajudado pelos outros PMs. Eles ainda apresentaram, fraudulentamente na delegacia, um revólver, além de 40 sacolés de maconha e 364 sacolés de cocaína, como sendo de David Edson. Por esse motivo, os réus ainda respondem por fraude processual.

?A denúncia é bastante clara ao descrever a autoria do crime de homicídio e a forma de participação no crime conexo, na medida em que imputa ações bastante definidas aos réus, quais sejam, efetuarem disparos de arma de fogo contra a vítima, auxiliarem na remoção do cadáver e anuírem com a apresentação do material fraudulentamente apreendido pelo primeiro réu", escreve Uchoa em sua decisão.

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